Diniz e os problemas da vida real
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É fevereiro. Chuvas. São Paulo alagada. Um caos. Nenhuma surpresa. É sempre assim. Os candidatos a prefeito prometem maravilhas à cidade, projetos futuristas e não consertam o básico, o que afeta a vida cotidiana de milhões de pessoas. De cidadãos.
Mal comparando, Fernando Diniz tem algo assim na sua carreira. Muito mal comparando, diga-se de passagem (obrigado Neto). Estamos falando aqui de um profissional sério e discreto.
Ele não fala de grandes mudanças, não promete revoluções. Seus seguidores, sim, é que espalham aos quatro cantos as maravilhas de suas ideias.
Diniz é apenas fiel ao seu pensamento futebolístico: um time que se impõe em campo a partir da posse de bola. Não é um time de contra-ataque, é um time de troca de passes.
Até aí, tudo bem. Mas há problemas a serem corrigidos. Um deles é crônico, o outro só identifiquei no São Paulo.
Vamos começar pelo específico. Viram o gol da Inter de Limeira contra o Corinthians? Lucas Braga foi ao fundo e cruzou para trás. O atacante Tcharlles chegou de frente para o gol e marcou.
Esqueçamos os nomes. É um clássico do futebol mundial. Quantas e quantas vezes vimos gols assim?
No São Paulo de Diniz, eu me lembro de duas. Com Antony e Igor Gomes. E, em compensação, foram 51 cruzamentos contra o Santo André.
Que tipo de cruzamentos? De pé trocado, da intermediária para a área. Em diagonal. Inúteis. Os zagueiros saem com dor de cabeça e levam o Motorádio para casa.
Não entendo está tendência de atacante destro na esquerda e canhoto na direita.
E o problema crônico. Linhas adiantadas, pressão alta, bola circulando de um lado para outro e...de repente, um contra-ataque que pega a defesa desprevenida.
É algo que Diniz precisa arrumar.
Eu acho que Diniz está fazendo um bom trabalho. Que culpa ele tem se Vitor Bueno perdeu um gol imperdível?
E que culpa ele tem, se Juanfran mostrou-se totalmente frouxo na marcação dos cruzamentos que resultaram nós dois gols? O espanhol é conhecido por compor a linha defensiva e errar muito pouco. Errou muito.
É hora de buscar opções. De encontrar soluções. Ou. essa defesa continuará a fazer água, como nossa querida e abandonada cidade de São Paulo.
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