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"Time de assassinos" ecoa nos estádios. E a culpa é de Landim

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, concede entrevista após o trágico incêndio no CT Ninho do Urubu - Thiago Ribeiro/AGIF
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, concede entrevista após o trágico incêndio no CT Ninho do Urubu Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

08/02/2020 04h00

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Um grito ecoa nos estádios onde o Flamengo desfila sua exuberância futebolística.

Um grito oportunista. Os que gritam, estariam calados se o incêndio fosse em seu clube. O grito não clama por Justiça e nem é regido pela solidariedade. Pouco se importam com a apuração da morte dos Meninos do Ninho. Querem apenas lembrar da mancha que cobre o Clube de Regatas Flamengo pela ação e omissão de seus dirigentes.

Ação por deixar acontecer. Omissão por não darem explicações.

A culpa é de Rodolfo Landim, que trata as vítimas do caso com total insensibilidade. Sem acordo com os pais dos mortos. Sem sensibilidade com os sobreviventes. Foram despedidos.

Há uma CPI na Assembleia Legislativa do Rio para tratar de incêndios como o do Flamengo e do Museu Nacional.

Landim não compareceu. Seu vice também não. Serão levados sob condução coercitiva na próxima semana.

O recado é claro. Estamos acima da Lei.

E o CEO que impediu os pais das crianças de visitarem o local para acender velas antes das 16 horas? Depois, "magnânimo", mudou de ideia.

O triste "apelido" de time assassino já pegou. Landim poderia ter resolvido isso. Talvez nem precisasse mexer no orçamento do clube.

Sugestões:

1) O lançamento de uma camisa bonita sobre o tema, com arrecadação voltada exclusivamente para pagar as indenizações.

2) Uma vaquinha online.

3) Um amistoso internacional.

E quanto seria pago? Tudo o que pedem?

Sim. O máximo possível. O Flamengo é milionário?

Ah, mas se estiverem exagerando?

Paga. Paga logo. O contêiner era do Flamengo. O Flamengo é responsável pela incompetência de quem colocou crianças ali.

Paga, Landim.

Ou ouça seu clube ser chamado de assassino.