Mauro Cezar Pereira

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Palmeiras festeja, com orgulho. Flamengo festeja, sem vergonha

O Botafogo era o virtual campeão brasileiro. Abriu 14 pontos de vantagem para o segundo colocado e não foram poucos que deram, antecipada e precipitadamente, o título à estrela solitária.

Mas os botafoguenses fraquejaram. Cometeram erros em quantidades inimagináveis. E ofereceram, de bandeja, a oportunidade para que outro clube arrebatasse a taça do Brasileirão 2023.

Os candidatos apareceram e o troféu ruma para aquele que, mesmo sem fazer uma temporada tão boa, é o mais aplicado, regular, dedicado. O Palmeiras pode jogar mal, mas joga sério.

E o Flamengo? Um ambiente de condescendência, tolerante à preguiça, à indolência. Algo que ficou evidente quando anunciado o período de 42(!) dias de férias para o elenco ao final do ano passado.

O time que perdeu 19 partidas no ano, marca mais elevada desde 2015. O time que foi goleado por Fluminense (4 a 1), Red Bull Bragantino (4 a 0), Cuiabá (3 a 0) e Athletico (3 a 0).

Enquanto isso, o Palmeiras, mesmo quando se arrastava, vencia. Sempre sério e lutando até o minuto final. Lá não se brinca, não há relaxamento. Trata-se de um trabalho longevo e consistente.

O Palmeiras foi a campo para vencer o Fluminense e ficar com nove dedos das mãos grudados na taça. Já o Flamengo fez de um jogo fundamental momento de despedidas.

Filipe Luís e Rodrigo Caio mereceram as homenagens feitas, mas não era a hora. Partida valendo três pontos fundamentais para a obtenção da vaga na fase de grupos da Libertadores não é para isso.

Jogo aparentemente controlado e o erro de um dos homenageados (Filipe Luís) gerou pênalti, gol do Cuiabá e sustos no final. Já o Palmeiras se agarrava a mais um 1 a 0, sobre o Fluminense.

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Com saldo de gols muito superior aos demais, os palmeirenses são virtuais campeões. E festejam orgulhosamente. Enquanto isso, os rubro-negros não demonstravam a menor vergonha ao festejar no final do penúltimo jogo de uma temporada de vexames.

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