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Marcel Rizzo

Protocolo da Libertadores recomenda base aérea e cita Galeão como exemplo

Passageiros e funcionários vestem máscaras no Aeroporto do Galeão, usado pela Conmebol como exemplo em seu protocolo - Fernando Frazão/Agência Brasil
Passageiros e funcionários vestem máscaras no Aeroporto do Galeão, usado pela Conmebol como exemplo em seu protocolo Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil

Colunista do UOL

04/08/2020 14h15

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As viagens aéreas são a maior preocupação da Conmebol para o retorno da Libertadores, programado para 15 de setembro. Mesmo com as fronteiras reabrindo, há atenção com os protocolos para evitar o contágio que poderia colocar em risco a continuidade da competição. Por isso dois pontos são fundamentais para a entidade: que todos os times usem voos fretados e que, se possível, utilizem áreas exclusivas de embarque e desembarque nos aeroportos, de preferência em bases aéreas (militares).

No protocolo elaborado pela Conmebol com os procedimentos de voos, válido também para quando a Copa Sul-Americana voltar em outubro, o aeroporto do Galeão, no Rio, é usado como exemplo de acessibilidade com a possibilidade de uso da base aérea que fica nas mesmas instalações do Galeão. A final em jogo único da Libertadores está marcada para o Maracanã, no Rio, ainda sem data, e a Conmebol não pretende modificar essa sede. Por isso é importante essa opção de chegada e saída da capital fluminense.

Voos fretados são comuns para as viagens de times que disputam os torneios sul-americanos porque muitas vezes nem há voos comerciais diretos ou até mesmo com apenas uma conexão para alguns destinos. A Conmebol estima que entre 60% e 70% das delegações utilizam o charter, sempre com o custo a cargo do clube. Desta vez, porém, a Conmebol decidiu ajudar financeiramente para que esses voos sejam regra no retorno do futebol.

A entidade anunciou na segunda-feira (3) que dará dinheiro para as delegações alugarem voos fretados para viajarem. Os valores, apenas para os times visitantes, claro, vão variar de US$ 15 mil (R$ 80 mil) a US$ 70 mil (R$ 374 mil), dependendo da distância, segundo documento a que o jornalista argentino Javier Lanza teve acesso.

O blog confirmou que a Conmebol apenas repassará o dinheiro e não participará da locação do avião. O contato com as empresas caberá aos clubes — maneira de a confederação sul-americana evitar problemas jurídicos caso algo de anormal ocorra. Em 2016, o avião que caiu com a delegação da Chapecoense na Colômbia era fretado de uma empresa boliviana.

Mas não são só os voos fretados que preocupam a entidade. Há também a chegada e saída dos aeroportos por isso há recomendação no protocolo de que os clubes tentem com as autoridades áreas exclusivas de embarque e desembarque, preferencialmente em bases aéreas.

O uso dessas bases em torneios na América do Sul é muito comum quando clubes ou seleções jogam em países como Venezuela e Bolívia, locais em que muitas vezes as cidades que receberão o confronto não têm um aeroporto comercial próximo. Mesmo mais incomum no Brasil ou na Argentina, há a recomendação para que isso seja providenciado.