Cássio não acabou
Ninguém tem o direito de decretar a aposentadoria de ninguém.
Dura lição que a vida ensina.
Que direito temos de dizer que o doutor tem de fechar o consultório se ele se acha ainda em condição de clinicar?
E, principalmente, se permanece com clientes.
O que vale para o médico vale também para o advogado, para o motorista de taxi, para quase todas as profissões, com exceção daquelas que, pela lei, são objeto de aposentadoria compulsória, como os pilotos de avião e os ministros do STF.
Daí que, para utilizar a linguagem desses últimos, data venia, aqui há discordância de todos os que pregam o fim da carreira de Cássio no Corinthians, posição fácil para os não-corintianos, embora não sejam poucos os corintianos a defendê-la.
Cássio já passou por outros maus momentos e deu a volta por cima.
Aos 36 anos tem lenha para queimar como tantos goleiros pelo mundo afora já provaram e continuam a provar.
Imagine a dor alvinegra ao vê-lo, amanhã, capaz de fechar o gol de rival.
Nada contra Carlos Miguel, muito ao contrário, belíssimo goleiro, talvez até melhor, tecnicamente, que Cássio.
Como Dida era.
E olhe que isso de dizer que Cássio é o maior ídolo da História corintiana é exagero que desconhece outros tantos, cada um a seu tempo.
Mas Cássio tem a seu favor a personalidade inquebrantável de crescer nos momentos gigantescos.
Cássio merece mais que respeito.
Merece mais que gratidão.
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OLHAR APURADO
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Quero receberCássio merece carinho e solidariedade para, amanhã, voltar a fechar o gol do Timão.
Sim, Cássio fez história, faz história e ainda fará história no Corinthians.
É só ter paciência.
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