Como ser Santos para quem nasceu Bragantino?
Não pergunte a Fábio Carille pois ele não dirá a verdade. Mas que ele se sentiu como se estivesse dirigindo o Corinthians, e não o Santos, em Itaquera, ah, pode crer, sentiu.
Porque a torcida santista lotou Itaquera e fez tanto ou mais barulho que a Fiel, para empurrar o time contra o Bragantino pela semifinal do Paulistinha.
E o time atendeu, partiu pra cima, abriu o placar com violenta cabeçada de Joaquim depois de escanteio na medida cobrado por Guilherme.
O show da torcida confirmava o acerto de levar o jogo para um estádio grande que abrigue a torcida paulistana do Santos, coisa que a acanhada e superada Vila Belmiro não pode mais, além de, ultimamente, ser palco muito mais de selvageria que de paixão.
Além, é claro, de render pouco.
A torcida foi gigante no Morumbi contra o São Bernardo, com mais de 50 mil pessoas e voltou a ser em Itaquera.
O Bragantino não se intimidou e logo se recuperou do gol aos 7 minutos, mas a diferença do peso das camisas, de fato, fazia diferença.
O domínio não se materializava em finalizações perigosas e o Santos foi se armando com segurança para dar mais um bote.
E nos acréscimos do primeiro tempo, Pituca lançou Pedrinho pela direita e ele cruzou com perfeição para Guilherme bater firme e marcar 2 a 0.
Mais de meio caminho andado para ser finalista contra Palmeiras ou Novorizontino.
Caminho que a lei do ex tornou mais complicado logo aos 51 minutos, com um tirambaço de Sasha para diminuir: 2 a 1.
A massa não parou, ao contrário, subiu o som e, aos 62, Giuliano a tranquilizou e enlouqueceu ao fazer 3 a 1 de cabeça, em novo cruzamento de Pedrinho.
Hayner foi expulso, aos 38, e deixou o Peixe com dez, diante do maior público em Itaquera nesta temporada, com quase 45 mil torcedores, 44.808 para ser exato.
Que venha o Palmeiras, para reviver velhos tempos, ou o Novorizontino, o Santos pode.
No Morumbi ou em Itaquera — e ao deixar Bragantino, Corinthians e São Paulo para trás, todos da Série A brasileira.
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