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Grêmio vence com garra, entrega, luta e muito amor ao Rio Grande do Sul

Nesta terça-feira (28), o Internacional voltou a jogar, pela Copa Sul-Americana, contra o Belgrano, depois do início da tragédia climática no estado do Rio Grande do Sul, e não se deu bem. Claramente um time abatido, sem conseguir manter o foco, tanto que começou vencendo com gol de Borré aos 39 minutos, e entre os 45 e 48, tomou uma virada com dois gols de Chavarria e acabou perdendo a partida. Jogou em Barueri com um público bem pequeno e não teve força para reagir.

Mas nesta quarta (29) foi a vez do Grêmio, que treinou no CT Dr. Joaquim Grava, no Corinthians, mas jogou em Curitiba, no estádio Couto Pereira, com um ótimo público gremista. O time do Renato Gaúcho, que nas imagens mostrava um abatimento, fez uma excelente partida. Renato conseguiu mexer com o brio do seu grupo, que colocou toda a angústia, a dor e o abatimento para fora em forma de garra e de raça. Desde o início, o tricolor gaúcho foi para cima, se impôs, porque só tinha duas opções: se entregar ao desânimo do desespero da dor ou engolir seco e arrebentar jogando bola, porque precisava da vitória de qualquer forma. O Grêmio conseguiu ativar a segunda opção e fez uma brilhante partida, ditando a dinâmica do jogo com uma intensidade impressionante.

Todos entregaram tudo o que tinham e amassaram os fortes do The Strongest. Depois de um mês sem jogar e poucos treinos, o tricolor foi muito melhor do que se esperava em todos os sentidos. Claro que o time caiu fisicamente no início do segundo tempo, mas aí entram as mãos do treinador, que mexeu bem e recolocou a intensidade que havia sido o ponto de desequilíbrio no primeiro tempo. Não deve ter sido fácil para os jogadores estar longe de seus familiares, que estão no RS em meio ao caos climático. Todos os jogadores fizeram uma partida brilhante pela situação que estão passando. Foi um espetáculo gremista dentro e fora de campo, com a equipe mostrando uma força competitiva incrível.

Vou pegar dois nomes só como referência, porque não seria justo destacar um cara melhor do que os outros. Os dois mais velhos, começando com o zagueiro e capitão Kannemann, que, como sempre, é o grande líder da raça do Grêmio desde quando chegou, e num momento como esse, não poderia se esperar outra coisa do que essa demonstração de amor à camisa tricolor. E lá na frente, Diego Costa, que é um centroavante lutador, que não se entrega nunca, com forte personalidade, e demonstrou todas essas virtudes, além de ter feito um grande jogo tecnicamente.

4 x 0 para um time de homens corajosos e com o Rio Grande do Sul no coração, como se diz no futebol, no bico da chuteira. Soteldo, Éverton, João Pedro e Gustavo Nunes marcaram, e todos foram belíssimos gols. Mas ainda tinha espaço para mais emoção e dedicação ao povo gaúcho. Liderados pelo Renato Gaúcho, ao final da partida, todos juntos seguraram a bandeira do Rio Grande do Sul ao som da torcida cantando o hino do glorioso Grêmio. Foi tudo muito emocionante.

Um beijo a todos do estado do Rio Grande do Sul.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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