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Corinthians atropela o previsível Fluminense com show de Wesley

O Corinthians teve uma tarde de domingo como há muito tempo não tinha.

O adversário era propício para uma recuperação com uma apresentação de gala. O Fluminense é uma equipe que só tem um jeito de jogar, não surpreende ninguém e até as substituições que Fernando Diniz faz são as mesmas na grande maioria das partidas. O treinador do time que estiver vencendo o Flu já sabe que Diniz irá tirar Felipe Melo para colocar mais um atacante, como Douglas Costa, e o lateral, que dessa vez era Guga, para colocar o atacante Marquinhos nessa função.

Em 2023, tudo funcionou bem porque era novidade, mas em 2024 ficar fazendo a mesma coisa fica um futebol totalmente previsível, como está sendo.

Já o Corinthians de António Oliveira vinha de uma semana terrível, jogando mal, perdendo tanto no Brasileiro, ficando na zona de rebaixamento, como na Sul-Americana. Mas hoje não quis saber de nada e atropelou o tricolor carioca, principalmente no primeiro tempo.

O Corinthians aproveitou todas as fragilidades que o esquema de Diniz oferece adversário, marcou pressão, diminuiu o espaço e forçou o erro na saída de bola aventureira do Fluminense. O Fluminense teve 70% de posse de bola ,enquanto o Corinthians teve apenas 30%, mas foi muito mais objetivo e agressivo.

Wesley deu um show à parte, partido para cima dos marcadores sem medo de ser feliz para marcar os dois primeiros gols do Corinthians. O segundo gol, inclusive, foi uma pintura que mereceria uma placa na Neo Química Arena: o garoto deixou os zagueiros Manoel e Felipe Mello caídos no chão e bateu no contrapé para marcar um dos gols mais bonitos da arena alvinegra.

Enquanto o Corinthians fez um primeiro tempo alucinante, intenso e agressivo, o Fluminense parecia estar em um treino de tão lento que estava. A equipe alvinegra poderia até ter goleado e matado o jogo na primeira etapa, mas foi para o intervalo vencendo por 2 a 0.

No intervalo, Fernando Diniz fez as alterações de sempre que já destaquei acima, e logo de cara, numa falta lateral bem batida pelo Rodrigo Garro, o zagueiro Cacá fez o terceiro o gol com uma cabeçada perfeita subindo na posição que deveria estar um zagueiro alto como Felipe Mello.

Depois disso, o Corinthians administrou o jogo, mas mesmo assim colocou uma bola na trave em belo chute de Fagner, que resvalou em Martinelli e tirou Fábio da jogada. O alvinegro ainda desperdiçou alguns contra-ataques pelo desgaste de todo esforço.

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Com o resultado, o Corinthians conseguirá respirar um pouco e ter tranquilidade para António Oliveira trabalhar o time. Mas não é por uma partida imponente que se deve pensar que tudo mudou e agora aquele time limitado virou uma grande potência, mas pode ser uma mudança significativa para o resto do ano.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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