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São Paulo e Fluminense estão do jeito de seus técnicos: com muita soberba

O São Paulo, com o futebol que vem jogando sob o comando de Thiago Carpini, precisa ficar atento ao restante da temporada. O Tricolor está demonstrando, cada vez que entra em campo, seja no Morumbi ou fora dele, uma fragilidade tática e uma falta de alternativas de jogo que assusta aqueles que viram o time ganhar a Supercopa do Brasil e quebrar o tabu da Neo Química Arena, vencendo o Corinthians pela primeira vez lá.

Os dois jogos que fez pela Libertadores foram muito ruins, e já começou o Campeonato Brasileiro, que é muito difícil e traiçoeiro. Perdeu em casa para o forte time do Fortaleza, que tem um treinador espetacular chamado Juan Pablo Vojvoda. O Tricolor cearense já é, há alguns anos, melhor do que muitos times do Sul e do Sudeste do Brasil.

Não é demérito algum perder para o time de Vojvoda em qualquer lugar, mas o São Paulo não está demonstrando nenhum poder de reação técnica e tática, e isso é muito preocupante. Carpini, a cada jogo, demonstra estar perdido em suas escolhas, principalmente nas alterações que faz e também nas entrevistas coletivas.

A última entrevista coletiva, após a vitória sofrida sobre o Cobresal, foi decepcionante, com argumentos fracos. Ele passou o tempo todo tentando mostrar que tem valor como treinador, mas isso se demonstra nos jogos, e não com palavras. Ele fez a final do Campeonato Paulista em 2023 contra o Palmeiras e depois subiu com o Juventude para a Série A.

No entanto, sua primeira experiência em um grande clube, que é uma potência mundial, está sendo complicada, e ele parece muitas vezes arrogante. Se já havia desconfiança em relação ao seu trabalho, agora acredito que ninguém mais duvida. A diretoria e os torcedores têm certeza de que o trabalho de toda a temporada está sendo colocado em risco.

No Tricolor carioca, a situação é muito parecida, pois o time ainda não emplacou na temporada. Fernando Diniz não inventou o futebol, mas parece acreditar que sim, e seu maior problema é sua enorme soberba. O Fluminense também enfrentou uma equipe muito bem armada por Pedro Caixinha. O Bragantino é sempre complicado de enfrentar, especialmente quando joga fora de casa e na primeira parte do campeonato.

Diante de apenas 17.645 pessoas, o time de Fernando Diniz teve mais posse de bola, como sempre, trocou muito mais passes, como sempre, mas muitos deles para o lado e para trás, como sempre. Enfim, esses dois times ganharam troféus no início da temporada, foram mal nos campeonatos estaduais, não estão jogando bem na Libertadores e iniciaram mal o Brasileiro. Pelo menos o Tricolor carioca empatou, enquanto o paulista foi atropelado pelo Tricolor cearense.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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