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OpiniãoEsporte

Corinthians e Ponte Preta marcaram presença na história do futebol

Neste domingo (25), às 20h (de Brasília), teremos na Neo Química Arena um jogo bastante especial para a história do futebol paulista, e para a minha também.

O primeiro jogo que assisti na minha vida foi um Corinthians x Ponte Preta, numa tarde de sábado (27 de julho de 1970), na linda Fazendinha.

Meu pai me levou para ver o Rivellino e o Ado, que tinham acabado de ser tricampeões com a seleção brasileira na Copa do Mundo no México.

Era o primeiro jogo deles e lembro-me muito bem que o Rivellino, que já era o meu maior ídolo no futebol, não atuou, mas deu a volta olímpica e passou pertinho de nós. Foi uma disputa árdua para ver quem conseguiria ficar na grade para vê-los de perto.

Já o Ado foi o goleiro titular desta partida que ficará para sempre na minha memória.

O treinador do Corinthians naquela ocasião era um dos grandes craques do futebol brasileiro e mundial, inclusive do Corinthians: o ex-volante Dino Sani. Ele escalou o Timão assim:

1- Ado
2- Miranda
3- Ditão
4- Luiz Carlos
6- Pedrinho
5- Dirceu Alves
10- Suingue
7- Paulo Borges
8- Ivair
9- Tales (Buião)
11- Adnan (Lima)

Já o técnico da Ponte Preta era o saudoso Cilinho, que em 1984 seria o meu treinador no São Paulo, e mandou a campo o seguinte time:

1- Wilson
2- Nelson (Nelsinho Baptista)
3- Samuel
4- Henrique
6- Santos
5- Teodoro (Oliveira)
10- Roberto Pinto
7- Alan (Ailton)
8- Dicá
9- Manfrini
11- Adilson

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A partida terminou empatada por 1 a 1, com gols de Lima (Corinthians) e Manfrini (Ponte Preta).

Esse jogo tem alguns detalhes interessantes, porque naquela época, o interior era um celeiro de craques.

Desse time da Ponte, foram para o São Paulo Nelson, Samuel e Teodoro. Para o Santos foram o goleiro Wilson e o craque Dicá. Já o centroavante Manfrini foi para o Fluminense, fazendo parte da Máquina Tricolor.

Do lado do Corinthians, também tinha jogadores de outro clube revelador de craques, que era a Portuguesa de Desportos. Da Lusa vieram o zagueiro Ditão e o meia Ivair, apelidado de Príncipe, simplesmente pelo Rei Pelé.

E logo depois, em 1971, chegou o lateral Zé Maria (Super Zé).

Mas o jogador que ficou para a história desse clássico foi Basílio (Pé de Anjo), que também veio da Lusa para quebrar o tabu de 22 anos do Corinthians sem vencer títulos em 1977, marcando exatamente contra a forte Ponte Preta na vitória por 1 a 0.

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Muitas coisas ainda aconteceram pela frente entre esses dois times, como as finais de 1979 e de 2017, além dos grandes jogos que fizeram ao longo dos tempos.

O jogo deste domingo terá em campo um Corinthians se reerguendo. Se vencer, continuará sonhando com a classificação ao mata-mata.

Porém, como o regulamento do Campeonato Paulista é ridículo, o Corinthians não depende só dele, porque não jogará contra os times da mesma chave.

Já a Ponte Preta vem fazendo um bom Paulistão, o que não acontecia há algum tempo, pois foi rebaixada em 2022 e foi campeã da Série A2 do Estadual em 2023, voltando agora para ficar no lugar que merece estar, entre a elite do futebol paulista.

Espero que também o clube campineiro volte logo à elite do futebol nacional.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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