Palmeiras adota mistério total e deve ter surpresas contra a Ponte
O Palmeiras decidiu não mostrar absolutamente nada para a imprensa na semana de preparação para o jogo contra a Ponte Preta, marcado para este sábado (22), às 19h, no Allianz Parque.
O time optou por fechar os três treinos que teve durante essa semana para que Eduardo Baptista pudesse surpreender o adversário. Os palmeirenses precisam de uma vitória com três gols de diferença para tentar a final nos pênaltis. Se conseguir uma goleada com pelo menos quatro gols de diferença, vai à decisão de forma direta.
Após as folgas na segunda e na terça para evitar desgaste, o técnico tem usado a semana para ensaiar mudanças táticas, testar trocas na escalação e até criar novas jogadas ensaiadas.
Mudança de esquema?
Depois de usar o time no 4-2-3-1 nas últimas partidas, Eduardo pensa em retornar ao 4-1-4-1. O rendimento de Borja tem sido colocado em dúvida, especialmente pela dificuldade do colombiano em recompor e de ajudar o time sem a bola. É nesta tecla que o comandante tem batido durante todas as suas entrevistas.
Com isso, o técnico pode desistir de usar Willian e Borja ao mesmo tempo. Além disso, ele tem dúvidas sobre iniciar o jogo com Michel Bastos na titularidade. Roger Guedes e Keno são outros que também estão na concorrência.
Em uma possível volta do 4-1-4-1, Tchê Tchê voltaria a ter mais liberdade para ir ao ataque e repetir os bons desempenhos que teve no início do ano. Nos últimos jogos, ele foi recuado para atuar ao lado de Felipe Melo e foi mais discreto em campo.
Defesa também pode ter troca
No aspecto defensivo, ainda há a chance de Vitor Hugo retomar a titularidade, especialmente pela análise que com Edu Dracena o lado esquerdo fica debilitado, uma vez que Zé Roberto já não tem conseguido manter a média de atuação.
Todas as mudanças, no entanto, serão confirmadas minutos antes de a bola rolar. Até mesmo a lista de relacionados será mantida em sigilo, como já virou praxe na Academia de Futebol.
Fernando Prass defende a tática. "O treino fechado faz o adversário ter menos ideia do que temos. Se o técnico quer colocar cinco atacantes, se quer mudar o jeito de jogar, se quer fazer jogadas ensaidas.. Tudo isso não vira novidade se todos puderem filmar os trabalhos", analisou o goleiro.
"Lembro que contra o Rosário Central (no ano passado, pela Libertadores), a gente conseguiu anular algumas vezes as jogadas que eles tinham porque a gente já tinha estudado bastante. Isso dificulta bastante o adversário", completou.
Prass descarta cobrar pênalti
Durante os poucos minutos que o Palmeiras abriu os trabalhos para a imprensa, a única certeza é a de que o time treina pênaltis. Como sabe que essa é uma possibilidade no Paulista, o técnico tenta já ter em mente quem são seus melhores batedores.
Prass descartou voltar a participar da disputa como um cobrador, como aconteceu em 2015, na final da Copa do Brasil, e depois mais para frente, diante do Santos, em 2016.
"Eu vou estar ali para defender, não pretendo mais bater. Claro que se o treinador quiser e eu estiver confiante, eu posso bater. Mas as ocasiões foram diferentes. Aquela primeira vez eu fiz porque alguns batedores oficiais não estavam no jogo e tínhamos alguns jovens, como Matheus Salles e Taylor, que tinham acabado de começar nos profissionais", finalizou o arqueiro.
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