Racha interno e protestos. Como Santos foi do "céu ao inferno" em sete dias
Durou pouco a lua de mel do Santos com sua torcida em 2017. Antes considerado o mais bem montado entre os grandes paulistas, o Peixe agora convive com protestos, críticas a Lucas Lima e até pedido por demissão de Dorival Jr. Sete dias foram suficientes para a maré virar e mergulhar a equipe na má fase.
Há uma semana, o "mar estava para peixes". A tarefa do Red Bull no Pacaembu era encarada como missão impossível contra o Santos, que tinha vencido seus últimos 16 jogos no Pacaembu. Venceu também o 17º, é verdade, mas com um gol para lá de polêmico no último minuto. Na saída de campo, nenhum jogador falou com a imprensa. O motivo seria um protesto contra a demissão do então gerente de futebol Sergio Dimas.
Dimas cuidava da logística dos jogos fora de casa e auxiliava o superintendente Dagoberto dos Santos. O presidente Modesto Roma Júnior alegou que a demissão fazia parte de uma série de mudanças no departamento de futebol. Acontece que Sergio Dimas era a referência dos atletas, que o procuravam para resolver todo tipo de problemas, inclusive os antigos atrasos no pagamento dos salários.
Com a proximidade do clássico com o São Paulo, o elenco garantiu que o voto de silêncio foi consequência de um problema resolvido. Foi realizada uma reunião para tratar deste e de outros assuntos, exatamente para que a insatisfação dos jogadores não respingasse no jogo. Em campo, porém, deu São Paulo por 3 a 1.
O pós-jogo foi marcado pela fúria de alguns santistas, que chegaram a quebrar uma janela do vestiário da Vila Belmiro e cobraram maior empenho do meio Lucas Lima.
A cobrança direcionada foi considerada injusta internamente. Os números mostravam ser mais provável que o problema estivesse na defesa, afinal desde 2000 o Peixe não tomava tantos gols nas três rodadas iniciais do Paulistão. Ainda assim, a expectativa para o confronto com a Ferroviária, então segundo pior time do estadual, era boa. Dorival Jr. pretendia chegar à 100ª vitória no clube e deixar no passado a derrota no San-São.
Não foi bem o que aconteceu. O novo revés na Vila mostrou uma equipe sem criatividade e encaixotada pela marcação da Ferroviária. A má atuação bastou para torcedores vaiarem os minutos finais, xingarem Dorival Jr. de “burro” e mais uma vez protestarem na porta do vestiário. Para piorar, a estreia de Cleber, segunda contratação mais cara da temporada e tido como uma possível salvação para resolver o problema defensivo, acabou em expulsão após um passe errado dado pelo zagueiro.
Agora o discurso no Santos mudou, a preocupação é em recuperar a equipe. O presidente Modesto Roma Júnior decidiu que quer ter uma conversa com Dorival para dar respaldo ao elenco no primeiro momento delicado nesta temporada.
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