Diálogo e carinho. Como Deivid tenta construir estilo tiki-taka no Cruzeiro
"Toca aqui, passa ali, evitem os chutões". É normal escutar este tipo de orientação durante os trabalhos técnicos e táticos de Deivid na Toca da Raposa II. Com as cores do Cruzeiro, o treinador resgata um padrão de posse de bola que estava quase extinto no Brasil e que ganhou fama recentemente na Espanha de Luís Aragonés e no Barcelona de Guardiola. E ele conta com um ponto favorável na tentativa de implantar o sistema de jogo: o carinho dos atletas.
Não é segredo para ninguém que o comandante conta com o apoio dos jogadores e o aval da diretoria. Desde a demissão de Vanderlei Luxemburgo, em agosto passado, o grupo era favorável à efetivação do ex-centroavante no cargo. À época, porém, a cúpula optou por um treinador mais experiente e foi atrás de Mano Menezes.
Cinco meses após o pedido do plantel ao presidente Gilvan de Pinho Tavares, Deivid tem a oportunidade de seus sonhos e sabe que pode utilizar o respeito do elenco como alicerce para implantar a sua forma de trabalho.
"É muito legal, porque credibilidade e respeito você não compra na farmácia, você adquire. E isso eu ganhei diante dos atletas e da diretoria. Isso foi importante", afirmou, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte. "O mais importante é chegar aqui e ter o carinho dos jogadores, passar coisas que eles entendam nas conversas, coisas do período que joguei fora do país", acrescentou.
Mas o que Deivid tem feito para manter o respeito do elenco e seguir em alta na Toca da Raposa II? Esta não é uma pergunta difícil de responder para o técnico.
"Eu tento falar a língua deles, até porque joguei durante 17 anos, 20 juntando base e profissional. Eu tento colocar para eles o que é o futebol. Para muitos, lá fora, é de um jeito, mas dentro não é desse jeito. Eu tento falar a mesma língua, sendo justo e coerente, tentando entender se eles estão bem lá fora, em casa", declarou.
Mesmo que conte com o apoio de todos no Cruzeiro, Deivid encontra obstáculos para que o time adote imediatamente a forma de jogar desejada. E ele sabe que só alcançará objetivos se tiver o tempo necessário:
"Dificuldade é tempo. Você tem que ter tempo e, infelizmente, nós trabalhamos por resultado no Brasil. Às vezes, você não tem tempo. Você, então, tem que vencer", comentou.
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