Grêmio cita casos de Chape e Santos para pedir eliminação do River Plate
O Grêmio se baseia em dois casos com clubes brasileiros para pedir a eliminação do River Plate na semifinal da Libertadores. Em recurso que será apresentado ao Tribunal Disciplinar da Conmebol nesta quarta-feira (31), a direção gremista lembrará as punições aplicadas a Chapecoense e Santos, nas edições de 2017 e 2018 do torneio sul-americano.
De acordo com a tese do Grêmio, Marcelo Gallardo esteve de forma irregular no jogo de volta com o River Plate, em Porto Alegre. Com isso, o clube gaúcho pedirá os pontos da partida e consequente classificação à final da Libertadores.
No entendimento da direção do Grêmio, a comunicação via rádio do treinador com auxiliares e presença no vestiário durante intervalo, deram vantagem ao River. O argumento também vai tratar de defender que as ações do técnico são equivalentes a escalação de jogador irregular.
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"A equiparação completa dos efeitos de punição para treinador e jogador quando se está irregular. O treinador do River Plate não poderia ter interferência na partida, seja direta ou indireta. Ele se comunicou o tempo inteiro e esteve no vestiário. E o time teve modificação no jogo. É caso semelhante a duas situações que vamos usar como jurisprudência na Conmebol. O caso do Santos e o caso da Chapecoense, que teve um prévio conhecimento de jogador irregular. E nos dois fatos houve sanção. Qual a sanção? Perda do jogo por 3 a 0", disse Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio, à Rádio Gaúcha.
Em 2017, a Chapecoense foi eliminada pela escalação do zagueiro Luiz Otávio. O caso ocorreu ainda na fase de grupos, onde o time catarinense estava ao lado de Lanús (Argentina), Nacional (Uruguai) e Zulia (Venezuela).
Neste ano, o Santos foi punido pela escalação de Carlos Sánchez. O uruguaio tinha um jogo de suspensão herdado da passagem pelo River Plate e atuou na partida de ida das oitavas de final, contra o Independiente. O resultado da partida em Avellaneda passou de 0 a 0 para 3 a 0 horas antes da segunda partida entre os clubes, no Pacaembu.
"Vamos protocolar o recurso online, mas também teremos uma reunião no Paraguai. Vamos ser recebidos às 16h (Brasília)", citou Bolzan Jr. "O regulamento é muito claro. Sabíamos que havia uma ilicitude, mas logo após o jogo adotamos prudência para evitar equívoco. Fizemos reuniões e fizemos avaliação jurídica e política da questão.
A comitiva do Grêmio viajará ao Paraguai em voo fretado e terá, além de Romildo Bolzan Jr., Carlos Amodeu, CEO do clube, André Zanotta, diretor executivo de futebol, Leonardo Lamachia, diretor jurídico e Nestor Hein, vice jurídico do Grêmio.
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