Ídolo do Lanús foi salvo com dieta de Messi e vai virar estátua
Um ídolo que já disse não a boas ofertas e segue no clube do coração. Um jogador que vai ao aniversário de torcedores. Um amigo que joga com a camisa 7 e tem tudo para virar estátua do lado da porta da sede do time. Este é Lautaro Acosta, o principal jogador do Lanús-ARG, adversário do Grêmio na final da Libertadores. A história do atacante é repleta de passagens que não fazem nenhum sentido perto da biografia de ídolos do futebol brasileiro.
Acosta é simples, mas ‘Laucha’, apelido do atacante, é grande. Ele esteve presente em cinco das seis conquistas da história do time grená e por tudo isso não tem adversário quando a pergunta é: qual o maior ídolo da história do Lanús?
“Acosta vai ser técnico e depois vai ser presidente do Lanús”, disse Nicolás Russo, atual mandatário do ‘Granate’, em entrevista ao jornal El Clarín. Ao periódico, o dirigente ainda avisou que a estátua de Lautaro será construída e foi para lá de otimista sobre a data de inauguração. “Vamos inaugurar em 3 de janeiro de 2018”, brincou Russo. O dia marca o aniversário do clube, fundado em 1915.
A estátua é um pedido da torcida há meses. Depois do segundo título argentino o movimento cresceu. O bom desempenho na Libertadores turbinou a ideia, mas até então não havia nada mais concreto sobre o tema.
O jeito Acosta de ser tem muito a ver com o Lanús. O ‘maior clube de bairro do mundo’ não é envolto em redomas e jogadores e torcedores convivem intensamente. Tal cenário permite, por exemplo, que o craque e ídolo seja convidado para aniversários e aceite.
“Laucha é um ser humano incrível, dentro e fora de campo. Ele participa de muitas atividades no clube e às vezes até vai no aniversário de alguns torcedores. Nem que seja meia hora, mas ele vai”, conta Fede Colmán, torcedor do Lanús e jornalista em um site especializado no clube.
As redes sociais confirmam. No Twitter, um torcedor escreveu agradecendo a visita de Lautaro Acosta aos 15 anos de uma de suas filhas. Junto da mensagem aparece uma foto do atacante com o pai da menina. “O que posso dizer Laucha... Obrigado, campeão”, tuitou Jorge Mattera.
Uma ajuda do melhor do mundo
Os dias não foram só alegras na vida do ídolo de carne e osso que vai virar bronze. Acosta foi campeão argentino em 2007 e logo depois fechou com o Sevilla. Na Espanha, não conseguiu ter sequência em virtude das muitas lesões. Também passou pelo Racing Santander antes de ser emprestado ao Boca Juniors, em 2012. Somente no ano seguinte voltou a Lanús, e aí recuperou o nível e os gols. E tudo tem ligação com uma decisão extracampo.
Laucha passou a consultar Giuliano Poser, nutricionista esportivo que virou célebre ao cuidar de Lionel Messi. Os hábitos do craque do Barcelona e da seleção argentina foram repetidos por Acosta e as lesões sumiram.
“Não sei o que o médico lá fez, mas deu certo. Acosta voa em campo, é um fenômeno”, disse Russo antes do primeiro jogo com o Grêmio, em Porto Alegre. “Ele tira todo o tipo de comidas. No meu caso, tirou queijo, carne, ovo... tirou a vida!”, disse o atacante, em tom irreverente, ao canal TyC.
Em alta no seu clube do coração, Acosta disse ‘não’ a propostas de Santos Laguna e Monterrey, do México, além de ter rechaçado ofertas da China. “Ele ganha bem aqui. Está muito bem no clube. Não vai sair”, sentenciou Nicolás Russo.
Na quarta-feira, o Lanús precisa de seu ídolo. O Grêmio joga para segurá-lo. Com a vitória em Porto Alegre, o Tricolor precisa apenas de um empate para ser tricampeão.
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