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Renato pede desculpas por frase e se corrige: 'O mundo é dos inteligentes'

O técnico Renato Gaúcho pediu desculpas pela frase mal feita em entrevista coletiva - Ricardo Rímoli/AGIF
O técnico Renato Gaúcho pediu desculpas pela frase mal feita em entrevista coletiva Imagem: Ricardo Rímoli/AGIF

Do UOL, em Porto Alegre

23/11/2017 14h53

Ao comentar o 'caso Drone' antes do jogo de ida da final da Libertadores, Renato Gaúcho usou a expressão "o mundo é dos espertos". Mas tratou-se de um equívoco e, nesta quarta-feira (23), ele usou assessoria de imprensa para pedir desculpas e fazer a correção.  Clique e assista os lances de Grêmio 1 x 0 Lanús.

"Gostaria de pedir desculpas por ter usado de forma errada a expressão "mundo é dos espertos". Não quis usar de maneira pejorativa. Na verdade, o mundo é dos inteligentes", afirmou através de seu estafe. 

O contexto da primeira resposta veio no questionamento sobre a contratação de um espião que utilizava drones para 'invadir' e filmar treinamentos de adversários do Grêmio durante o ano. Renato se referiu a tudo como uma 'palhaçada' e no meio da resposta utilizou a frase da qual se arrependeu. 

"Essa palhaçada eu nem iria perder meu tempo, mas vamos lá. Na semana passada eu vi uma notícia de que a Austrália filmou Honduras com um drone. Agora, nosso vice mostrou que São Paulo ou Palmeiras soltou um drone para analisar adversários. Queria falar ao Juca, que é um cara que admiro muito, ele falou que tinha olheiro. Espião. Então queria falar para algumas pessoas do futebol, que acham que entendem de futebol, que antes de eu jogar haviam pessoas que faziam isso. Todo clube tem espião. Todo clube brasileiro tem espião. Seleção tem espião. O drone eu não sei se foi usado, mas ele foi pago para trazer informações ao Grêmio. Acho engraçado fazerem tempestade em copo d’água na véspera da final. Acho engraçado. Até parece que o drone foi inventado agora, que nunca foi feito", disse o treinador.

"Algumas pessoas de vocês estão acabando com o futebol. Falem do jogo, falem dos times. Eu pergunto: como se ganha uma guerra? Como se neutraliza o adversário? Com suas formas. Com drone, helicóptero, avião. A cavalo, bicicleta. O mundo é dos espertos. Vamos fazer o seguinte, cada um de vocês escolhe treinadores e podem perguntar como eles descobrem as jogadas do adversário. Parece que é só o Grêmio que usa esses artifícios. Futebol é igual guerra. Algumas pessoas estão começando e precisam parar com essa palhaçada de dar notícia achando que o planeta não sabe. Falem de futebol, falem do que é mais importante. Ficam perdendo tempo falando disso. E não pensem essas pessoas da ESPN que nós somos burros. Não pensem que não estamos espertos. No mundo todo tem um X9. Não somos burros. O bom cabrito não berra. Agora vamos à próxima pergunta e esse assunto está encerrado. Isso é uma palhaçada. Palhaçada. Era isso que eu tinha que falar sobre esse tal de drone. Respeito a ESPN, respeito a menina que fez a entrevista, mas alguém vai pagar por isso", completou o técnico em tom ameaçador. 

O assunto virou debate quando a ESPN Brasil revelou a utilização do expediente de espionagem supostamente contratado pelo Grêmio para analisar rivais durante o ano. A reportagem do UOL Esporte apurou que a contratação do profissional foi pedido de Renato Gaúcho e que até o início do debate ele admitia trabalhar para o clube. 

De acordo com a apuração, Renato Gaúcho solicitou este tipo de serviço no início da temporada. Foi então que o auxiliar Alexandre Mendes fez a ponte com André Banchi, famoso no meio do futebol por espionar equipes e vender relatórios com informações para clubes interessados.

Antes da revelação no início desta semana, André não tinha problemas em assumir sua relação com clube. “Eu não sou funcionário do Grêmio, mas faço um trabalho específico para a comissão técnica de lá”, dizia, ao ser questionado sobre os serviços que começou a prestar ao Tricolor em fevereiro de 2017.

Grêmio reclama de arbitragem em jogo de ida

O duelo de ida, vencido pelo Grêmio na última quarta-feira, gerou muita reclamação. O Tricolor irá enviar comitiva à Conmebol para protestar por conta das decisões do árbitro chileno Julio Bascuñam. O clube quer cancelar o cartão amarelo apresentado ao zagueiro Kannemann, que o faz ficar suspenso da decisão, além de considerar que foi prejudicado na não marcação de dois pênaltis.