Vídeos de torcedores e segurança da arena ajudaram Palmeiras a reduzir pena
Para obter a segunda vitória no tribunal da Conmebol, que reduziu de três para apenas um jogo o veto à presença de palmeirenses como visitantes na Copa Libertadores, o Palmeiras usou depoimentos de presentes no Estádio Campeón Del Siglo, em Montevidéu, palco do confronto com uruguaios do Peñarol, e vídeos, como o mostrado com exclusividade pela coluna De Primeira, que comprova atos racistas de torcedores do clube uruguaio.
Até o presidente Mauricio Galiotte falou na audiência de defesa, ocorrida há uma semana, na sede da Conmebol, em Assunção, com o intuito de amenizar o castigo ao clube. Deu certo, e o Palmeiras contará com torcida novamente nas quartas de final, desde que o adversário seja o Atlético-PR – contra o Santos, o público palmeirense acaba vetado pelo pedido do Ministério Público de SP sobre clássicos com apenas público mandante.
O departamento jurídico palmeirense, representado pelos advogados André Sica e Alexandre Zanotta, apresentou imagens de torcedores presentes nas arquibancadas do Estádio Campeón Del Siglo, nas quais exibem as bombas arremessadas pelos uruguaios antes de a confusão se instalar.
Torcedores também foram ouvidos pelo próprio clube alviverde, e os depoimentos levados à defesa apresentada na segunda-feira (26). Declarações do chefe de segurança do próprio estádio uruguaio e do delegado da Conmebol presente no jogo ocorrido em abril entraram também na apelação apresentada à entidade sul-americana.
Além das declarações apresentadas, o presidente Mauricio Galiotte prestou depoimento para defender o Palmeiras. O mandatário fez lobby em pelo menos duas ocasiões para beneficiar o atual campeão brasileiro no julgamento.
Até uma conversa com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, na sede da CBF, serviu como uma forma de defesa. O mandatário encontrou-se com o dirigente da entidade antes do veredito final sobre Felipe Melo - punido agora só com três jogos de suspensão pela confusão com atletas do Peñarol.
O departamento jurídico utilizou-se até de números do Allianz Parque para condenar a falta de estrutura fornecida para o Peñarol no dia do conflito. No estudo apresentado à Conmebol, o Palmeiras acusou o Peñarol de falta de segurança para uma partida daquele calibre.
Segundo relatos apurados pela reportagem do UOL, apenas 60 seguranças uruguaios trabalharam na partida; para grau de comparação, segundo números apresentados pela WTorre, a arena palmeirense possui mais de 500 por jogo, espalhados por todos os setores da arena – arquibancada e parte interna.
Ao expor ao tribunal a quantidade de profissionais nas partidas como mandante, o Palmeiras quis atestar o “zelo” pela segurança na capital paulista para afastar qualquer tipo de culpa com o caso ocorrido no Uruguai.
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