Palmeiras tem "Dia D" para reduzir última pena na Libertadores
A manhã desta segunda-feira (26) é tratada pelo Palmeiras como uma decisão. A partir das 10h (de Brasília), a Conmebol realizará a audiência para analisar o recurso apresentado pelo departamento jurídico do clube em relação à punição contra os torcedores que entraram em confronto na partida contra o Peñarol. Até o presidente Mauricio Galiotte se prontificou a ir pessoalmente ao debate no Paraguai.
Depois de acompanhar em Campinas a vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, o presidente do Palmeiras viajou na noite do último domingo a Assunção junto a membros do departamento jurídico e do vice-presidente Antonino Jesse Ribeiro, a fim de participar diretamente da defesa planejada pelo Palmeiras para a última etapa do 'caso Peñarol'.
A comitiva palmeirense apela quanto à decisão inicial da Conmebol de tirar a torcida do clube por três partidas como visitante nesta edição da Copa Libertadores. Nesta segunda será apresentada detalhadamente a defesa por parte do jurídico do clube alviverde. Ainda não há uma data para o resultado do recurso ser divulgado.
Sob o primeiro veredito da Conmebol, o atual campeão brasileiro contaria com público fora de casa somente na fase semifinal da competição. A decisão é tratada com repúdio por Mauricio Galiotte; o presidente, inclusive, falou sobre o assunto antes do confronto do último domingo.
"Fomos vítimas da falta de segurança e da violência dos jogadores do Peñarol. Nós reivindicamos e conseguimos reduzir a pena do Felipe Melo (...). Amanhã temos audiência em defesa da nossa torcida, que também foi vítima", discursou à 'Rádio Globo'.
Como lembrado pelo dirigente, o Palmeiras reduziu pela metade imposta pela Conmebol ao volante Felipe Melo. Pelo incidente com jogadores do Peñarol, minutos antes de os torcedores dos dois clubes se confrontarem nas arquibancadas, o volante pegou seis jogos de suspensão. O jurídico palmeirense reduziu para três partidas, sendo que o camisa 30 cumpriu duas.
A estratégia palmeirense para reduzir o castigo ao torcedor começou antes desta segunda-feira. No mês passado, em encontro na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Mauricio Galiotte demonstrou insatisfação e pressionou o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, para revisar as decisões tomadas.
O mandatário palmeirense argumentou com Domínguez que a manutenção das atuais decisões contrariaria a tentativa de a entidade resgatar uma imagem de idoneidade e transparência. O tribunal responsável por julgar este novo recurso palmeirense, entretanto, é independente à diretoria executiva da Conmebol.
O lobby de Mauricio Galiotte atingiu também Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) e membro do Comitê Executivo da Conmebol. Com Felipe Melo, deu certo.
Agora, nesta segunda-feira, o jurídico do palmeirense busca novamente convencer o tribunal da Conmebol. A confiança dentro do clube é de que os torcedores possam viajar já no próximo dia 5, data da partida de ida das oitavas de final contra o Barcelona-EQU.
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