Sem saber da morte, corintianos foram hostilizados por bolivianos durante a partida
A morte do garoto Kevin Espada, de apenas 14 anos, aconteceu no primeiro tempo do empate por 1 a 1 entre San Jose e Corinthians, pela primeira rodada da Copa Libertadores. Os jogadores, no entanto, dizem só terem recebido a notícia após o apito final, já no vestiário, apesar de terem notado muita hostilidade do público durante os 90 minutos.
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“Já [tinha percebido os protestos da torcida], mas eu não estava entendendo o por que. Para mim eles estavam só torcendo contra, torcendo pelo time deles. Só depois que eu fui perceber”, explicou Renato Augusto.
O meia começou no banco e estava junto com os reservas quando eles foram impedido de fazerem o aquecimento atrás de um dos gols do estádio Jesus Bermudez. Pelas imagens da TV, é possível perceber a revolta do público boliviano, que atira pedras e pilhas na direção dos jogadores.
Segundo relatos de jogadores e dirigentes do Corinthians, a esta altura os torcedores já sabiam o que tinha acontecido com o garoto e chamavam os brasileiros de “assassinos”. Os jogadores e a comissão técnica, no entanto, só ficaram sabendo do ocorrido no vestiário.
“Eu posso falar por mim mesmo, porque eu estava no banco de reservas e só soube o que aconteceu no vestiário”, contou Duílio Monteiro, diretor-adjunto de futebol do Corinthians.
Justamente por isso, os corintianos não entraram em polêmica, e acharam natural que a partida tenha acontecido até o fim, quando se poderia esperar uma paralisação. “Não sei, eu estava no jogo, é difícil de falar. A gente estava focado e soube só no vestiário”, reiterou Cássio.
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