Após punição, torcida do Fla fala em ditadura e decide torcer sem uniforme
Um grupo de torcidas organizadas do Flamengo decidiu não frequentar mais estádios vestindo uniformes. A decisão foi divulgada em um comunicado neste sábado (27) e é uma resposta à punição imposta pela Polícia Militar e pelo Ministério Público por conta dos atos de violência protagonizados por torcedores na final da Copa Sul-Americana em dezembro.
No texto, torcidas como a Raça Rubro-Negra, Império Rubro-Negro e Fla Manguaça, dizem estar servindo de “bode expiatório para problemas de segurança e brechas do poder público.” O MP e a PM decidiram punir as organizadas por 60 dias, impedindo-as de frequentar estádios com bandeiras, faixas e bateria, mas liberando os uniformes.
Mesmo assim, as organizadas acabaram decidindo ir a estádios não uniformizados, a começar pelo jogo deste sábado, quando o Flamengo enfrenta o Vasco no Maracanã pelo Estadual do Rio.
“Não há motivos para vestirmos nossas camisas e sermos passivos de sucessivas punições, muitas das vezes arbitrárias e injustas, sem fundamento”, lê-se no comunicado.
Sentindo-se atacados em seu direito de festejar, os torcedores começaram um movimento para alavancar nas redes sociais a hashtag #arquibancadaresiste, que chegou a ficar entre os assuntos mais comentados do Twitter na manhã de sábado.
“Lutaremos contra a ditadura imposta sobre nós, contra a arbitrariedade e o preconceito, defenderemos os nossos ideais e não nos curvaremos em hipótese alguma”, diz o texto.
Em dezembro, quando o Flamengo recebeu o Independiente na final da Copa Sul-Americana, torcedores uniformizados foram filmados cometendo crimes como roubos e agressões nos arredores do Maracanã.
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