Parece um ensaio de modelos, mas são apenas as russas do curling em ação

Elas se agacham, se esticam, não dispensam maquiagem e são donas de rostos que certamente estão entre os mais belos dos Jogos de Inverno. Em alguns momentos pode até parecer um ensaio fotográfico, mas na verdade é apenas o time feminino da Rússia em ação no curling. Três as quatro titulares já apareceram em poses sensuais em revistas do país, mas na Olimpíada de Sochi o foco é exclusivamente a medalha. Ou pelo menos era.

Nesta segunda-feira, as russas foram batidas pelo quarteto da Grã-Bretanha pelo placar de 9 a 6 e ficaram fora da semifinal, com retrospecto final de três vitórias e seis derrotas. Mesmo assim, mais uma vez elas atraíram não apenas os fãs habituais de curling, mas um pequeno séquito interessado em ver de perto aquilo que faz a badalação girar em torno de Anna Sidorova, Ekaterina Galkina, Alexandra Saitova e Margarita Fomina [somente a última não fez fotos sensuais].

"Os fãs foram incríveis durante a Olimpíada, tivemos um grande apoio das tribunas em todos os jogos. Às vezes estávamos nervosas, mas sempre nos apoiaram. Todas nós recebemos presentes deles em todas as partidas", relatou Galkina, com olhar fulminante e inglês impecável.

De fato o país de Isinbayeva e Sharapova resolveu tirar duas semanas para contemplar novas musas do esporte local, em uma modalidade que ainda não é tão popular na Rússia. A transmissão oficial dos Jogos de Sochi exemplifica bem o que estamos falando aqui. Nesta segunda, um festival de closes caprichados nos rostos das meninas russas durante o jogo com as britânicas.

A morena Sidorova é de longe o rosto mais buscado. Além de capitã, é a estrela mais badalada do time, eleita a esportista mais bela da Rússia em 2013 por uma revista local. Uma ex-patinadora que adotou o curling aos 13 anos depois que uma lesão a impediu de seguir o plano A no esporte.

Aos 23 anos, comanda a equipe na pista de gelo e ao mesmo atrai atenção fora delas. Nesta segunda-feira, Sidorova levou muito estilo à partida com as britânicas, com brincos de argolas, anéis na mão direita e unhas bem pintadas em tom claro. Quando grita para orientar as companheiras, também faz com bastante classe.  

Mas Galkina é quem parece a mais vaidosa na pista de gelo. Nesta segunda a russa apareceu na pista de gelo com maquiagem discreta, com ênfase nos cílios, e brincos de pérolas. "Não há limite para a perfeição", diz a jogadora como sua frase preferida, que consta em seu perfil oficial na página dos Jogos de Sochi.

Saitova é a mais tímida delas e fala olhando para o chão quando questionada sobre o assédio na Olimpíada de Inverno. "Nos últimos tempos muitos de nossos jogos passaram na televisão aqui, acabamos ficando mais populares", afirma a loira. "Mas não sei se somos populares no mundo. Na Rússia, sim, temos muitos fãs", conclui.

O quarteto é completado por Margarita Fomina, a exceção do quarteto, única que ainda não posou para revistas em roupas diminutas. Mas a segunda loira do time projeta explorar a imagem na vida além do curling, trabalhando futuramente como jornalista de TV. Recentemente a jogadora se graduou em um curso de preparação para a área.

Bom, mas o desfile das russas acabou nesta segunda. Quem viu, curtiu. Fora da luta por medalhas, Sidorova e companhia podem até deixar a sensação de que são apenas rostinhos bonitos se exibindo sobre o gelo. Mas, assim como os homens das calças exóticas da Noruega, querendo ou não elas atraem atenção de uma nova fatia de interessados a seu esporte.