Mulheres conquistam espaço e regalias nas corridas de rua
Elas eram exceções na linha de largada nas corridas de rua. Mas, nos últimos anos, têm ganhado seu espaço no pelotão geral e conquistado regalias.
Em 2008, as mulheres ultrapassaram 30% dos participantes das provas de rua do Estado, segundo dados da Federação Paulista de Atletismo (FPA).
"Há dez anos as mulheres respondiam por 10% das nossas inscrições. Talvez nem isso", constata Armando Cunha, diretor-executivo da Corpore, responsável por pôr quase 130 mil pessoas nas ruas neste ano.
Com dados mais precisos dos que os da FPA, a Corpore vê, pelo quarto ano seguido, um crescimento do público feminino mais acentuado do que o masculino nos seus eventos.
A organizadora teve pequeno aumento, de 2,3%, no número de participantes em seus eventos em 2008. Neste período, houve crescimento de 3,7% no número de mulheres, mais do dobro do incremento do masculino, que ficou em 1,7%.
Cunha também lembra que as mulheres já rivalizam com os homens em algumas corridas.
"Em provas com distâncias menores, como 4 km e 5 km, às vezes há mais gente no pelotão feminino que no masculino."
A São Silvestre, mais tradicional prova de rua do país, tenta se adequar aos novos tempos. A principal iniciativa foi unificar a largada - anteriormente, a corrida feminina começava mais cedo.
No entanto, prova de 15 km e com altimetria desgastante - muitas subidas e descidas -, a São Silvestre ainda é pouco atrativa às mulheres. Segundo dados da organizadora Yescom, dos 20.000 participantes, apenas 16% são do sexo feminino.
Para Mário Sérgio Andrade Silva, técnico da assessoria esportiva Run & Fun, com 1.500 corredores, tal diferença técnica tende a acabar com o tempo.
"Nos EUA, as mulheres já são metade das participantes nas provas mais longas. Em janeiro, haverá a Maratona da Disney, que conta com público feminino maior do que o masculino."
No mercado norte-americano, apesar da crise econômica, foi lançada revista de corrida especializada para mulheres, além de equipamento esportivo e suplementos alimentares direcionados a elas.
"Na feira [da Maratona] de Chicago, encontrei suplementos femininos que tinham baixo teor calórico e dosagem maior de cálcio", relata Silva.
No Brasil, o treinador também contabiliza crescimento feminino em seus grupos de preparação. "Elas já são 38% dos atletas da equipe", conta.
De olho neste mercado, as organizadoras já se mobilizaram para atrair esse novo público.
Neste ano houve a criação do Circuito Vênus, organizado pela Iguana, exclusivo às mulheres, com etapas nas cidades de São Paulo e Rio.
A Corpore instituiu o Espaço Mulher em suas provas, com vestiário e massagista. Já a JJS lançou competições de 5 km em seus eventos de 10 km.
"Na Santos Dumont [em 12 de outubro], dos 1.000 inscritos nos 5 km, uns 60% eram mulheres", conta Renato José Elias, diretor da JJS Eventos.
Em 2008, as mulheres ultrapassaram 30% dos participantes das provas de rua do Estado, segundo dados da Federação Paulista de Atletismo (FPA).
"Há dez anos as mulheres respondiam por 10% das nossas inscrições. Talvez nem isso", constata Armando Cunha, diretor-executivo da Corpore, responsável por pôr quase 130 mil pessoas nas ruas neste ano.
Com dados mais precisos dos que os da FPA, a Corpore vê, pelo quarto ano seguido, um crescimento do público feminino mais acentuado do que o masculino nos seus eventos.
A organizadora teve pequeno aumento, de 2,3%, no número de participantes em seus eventos em 2008. Neste período, houve crescimento de 3,7% no número de mulheres, mais do dobro do incremento do masculino, que ficou em 1,7%.
Cunha também lembra que as mulheres já rivalizam com os homens em algumas corridas.
"Em provas com distâncias menores, como 4 km e 5 km, às vezes há mais gente no pelotão feminino que no masculino."
A São Silvestre, mais tradicional prova de rua do país, tenta se adequar aos novos tempos. A principal iniciativa foi unificar a largada - anteriormente, a corrida feminina começava mais cedo.
No entanto, prova de 15 km e com altimetria desgastante - muitas subidas e descidas -, a São Silvestre ainda é pouco atrativa às mulheres. Segundo dados da organizadora Yescom, dos 20.000 participantes, apenas 16% são do sexo feminino.
Para Mário Sérgio Andrade Silva, técnico da assessoria esportiva Run & Fun, com 1.500 corredores, tal diferença técnica tende a acabar com o tempo.
"Nos EUA, as mulheres já são metade das participantes nas provas mais longas. Em janeiro, haverá a Maratona da Disney, que conta com público feminino maior do que o masculino."
No mercado norte-americano, apesar da crise econômica, foi lançada revista de corrida especializada para mulheres, além de equipamento esportivo e suplementos alimentares direcionados a elas.
"Na feira [da Maratona] de Chicago, encontrei suplementos femininos que tinham baixo teor calórico e dosagem maior de cálcio", relata Silva.
No Brasil, o treinador também contabiliza crescimento feminino em seus grupos de preparação. "Elas já são 38% dos atletas da equipe", conta.
De olho neste mercado, as organizadoras já se mobilizaram para atrair esse novo público.
Neste ano houve a criação do Circuito Vênus, organizado pela Iguana, exclusivo às mulheres, com etapas nas cidades de São Paulo e Rio.
A Corpore instituiu o Espaço Mulher em suas provas, com vestiário e massagista. Já a JJS lançou competições de 5 km em seus eventos de 10 km.
"Na Santos Dumont [em 12 de outubro], dos 1.000 inscritos nos 5 km, uns 60% eram mulheres", conta Renato José Elias, diretor da JJS Eventos.
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