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Tales Torraga

REPORTAGEM

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Para argentinos, 'The Best' ratifica Messi como maior jogador da história

Mbappé e Messi durante a cerimônia do prêmio The Best 2022 - Brendan Moran/Getty
Mbappé e Messi durante a cerimônia do prêmio The Best 2022 Imagem: Brendan Moran/Getty

Colunista do UOL

27/02/2023 18h39

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O prêmio The Best foi transmitido na Argentina pelos portais, rádios, TVs aberta e fechada praticamente em cadeia nacional.

O clima era de grande euforia, esperando que os quatro prêmios fossem entregues aos candidatos do país: Lionel Messi, Lionel Scaloni, "Dibu" Martínez e à torcida que impressionou o mundo.

A vitória quádrupla realmente ocorreu. Foi a primeira vez na história do prêmio, instituído pela Fifa em 2016, que um único país somou tantas distinções.

leo - Reprodução/Facebook Leo Messi - Reprodução/Facebook Leo Messi
"The Guardian" aponta Messi como o melhor jogador do mundo em 2022
Imagem: Reprodução/Facebook Leo Messi

Em 2022 e na história

O tom geral argentino na conquista de Messi foi de que o seu prêmio encerra as discussões sobre quem é o maior jogador de todos os tempos.

"Antes ele sentava na mesa de Maradona e Pelé, mas com esta honraria da Fifa, aos 35 anos, me parece que ganha um espaço só seu", analisou o apresentador da ESPN e narrador Sebastián "Pollo" Vignolo, um dos mais famosos da Argentina.

"Afinal, para conferir quem é o maior de todos os tempos, é preciso considerar também os momentos. E não há dúvidas de que há um nível de profissionalismo e de exigência na atualidade que é inédito na história", reforçou, na mesma emissora, o comentarista Diego Latorre, ex-jogador do Boca Juniors e da seleção argentina.

"Ele foi campeão fazendo gol na final. No tempo normal, na prorrogação e na decisão por pênaltis. Como questionar este cidadão? Algum outro jogador fez isso na história?", perguntou no ar o apresentador Facundo Pastor, na Rádio La Red, a mais ouvida do esporte em Buenos Aires.

"Falar de Mbappé? Perdeu duas vezes, na final da Copa e hoje."

A eterna comparação com Maradona, ao menos nesses dias, arrefeceu.

"É claro que Diego foi imenso e ajudou a reconstruir a Argentina depois de tudo o que nos aconteceu com a ditadura e a Guerra das Malvinas", analisou Alfredo Leuco, na Rádio Mitre, outro sucesso no auricular portenho.

"Mas sejamos conscientes: onde estava Maradona aos 35 anos? Brigando contra a balança no Boca, enquanto Messi é eleito o melhor jogador do mundo."

"Lionel foi campeão da Copa aos 35 anos. Maradona conquistou aos 25. Isso diz muito sobre quem foi cada um. Messi está um escalão acima de qualquer outro em todos os tempos", finalizou o veterano radialista.