Topo

Tales Torraga

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Sem reforços e sem muita confiança: como chega o Racing para encarar o SPFC

Jogadores do Racing, durante treinamento - Divulgação/Racing
Jogadores do Racing, durante treinamento Imagem: Divulgação/Racing

Colunista do UOL

13/07/2021 08h17Atualizada em 14/07/2021 08h31

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

"O Racing não é candidato ao título da Libertadores."

Foi desta forma pessimista que o ídolo da equipe, o veterano atacante "Licha" López, definiu as chances da Academia na competição. O Racing enfrenta o São Paulo às 21h30 (de Brasília) de hoje no Morumbi no jogo de ida das oitavas de final do torneio continental.

O pessimismo de Licha se explica. Para entender a dificuldade prevista pelo Racing, basta saber que a equipe é a mesma que não ofereceu resistência ao Colón de Santa Fe e foi atropelada por 3 a 0 na final da Copa da Liga Argentina, há 40 dias.

Os reforços incorporados pelo técnico Juan Antonio Pizzi não estarão no time titular para o confronto desta terça (estamos falando de Licha, de 38 anos, que retornou depois de apenas quatro meses de Atlanta United, na MLS, e Javier Correa, atacante que chega depois de uma passagem pelo Santos Laguna, do México). Pela inatividade, ambos devem começar no banco de reservas.

O goleiro segue como o ponto alto do time: é o espetacular Gabriel Arias, reserva de Claudio Bravo com a seleção do Chile na Copa América. A linha de quatro no fundo é a habitual, com Juan Cáceres, Leonardo Sigali, Nery Domínguez e Eugenio Mena. Os laterais são criticados pela pouca amplitude nos ataques, atuando praticamente como zagueiros ao lado do campo - tal consideração não costuma ser correta ao menos no caso de Mena.

Mais quatro homens no meio-campo: Mauricio Martínez; Leonel Miranda, Aníbal Moreno e o experiente "Nacho" Piatti, de 36 anos, ídolo do San Lorenzo. O ataque merece cuidado porque une o técnico Tomás Chancalay ao valente Enzo Copetti, um homem de frente que distribui e recebe pancadas com a competência que os argentinos tanto apreciam.

O técnico Juan Antonio Pizzi já balançou bastante no cargo desde sua chegada, no começo do ano, e por total falta de dinheiro ninguém cogita uma recisão de contrato e uma nova escolha no mercado em caso de uma eliminação que é bastante provável na pessimista leitura da imprensa argentina, que atribui total favoritismo ao São Paulo de Hernán Crespo.