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Tales Torraga

5 motivos para ver o 'áspero' River Plate x Nacional desta quinta

Colunista do UOL

10/12/2020 08h32

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River Plate e Nacional-URU se enfrentam às 21h30 (de Brasília) desta quinta (10) no Estádio Libertadores da América, em Avellaneda, nos arredores de Buenos Aires. Listamos cinco motivos que fazem deste jogo uma atração e tanto no duelo válido pela ida das quartas de final.

Muñe - Ovación/Reprodução - Ovación/Reprodução
Marcelo Gallardo em 2011
Imagem: Ovación/Reprodução

Marcelo Gallardo. O atual técnico do River é considerado hoje o melhor da América do Sul e um dos melhores do mundo. A sua permanência à frente do clube de Núñez dá motivos para acreditar que sim. Ele assumiu o clube em junho de 2014, e sua experiência anterior como treinador foi justamente no Nacional, onde encerrou a carreira de jogador em 2011, aos 35 anos. Seu vínculo com o Bolso do Uruguai é tão grande que nesta semana ele declarou: "Faz parte da minha história e da minha vida". Ivan Alonso, seu ex-atacante no River, hoje diretor de futebol do Nacional, definiu da seguinte maneira: "Vai ser como enfrentar um parente".

Argentina x Uruguai. Os encontros entre os vizinhos do Rio da Prata estão cada vez mais escassos nos mata-mata da Libertadores - e nem por isso menos emocionantes. As duas escolas que dominaram os primórdios da Libertadores, nos anos 1960 e 1970, não se enfrentam em um cruce de Copa desde o cardíaco Boca x Nacional das quartas de 2016, decidido em favor do Boca na Bombonera só nos pênaltis. Antes disso, só em 2011, com o Peñarol vencendo o Vélez em equilibrada semifinal. River e Nacional são clubes coirmãos, a cara da moeda que tem Peñarol e Boca do outro lado, mas nem por isso vão deixar de repartir as patadas tão cultuadas pelos vizinhos. Muy por lo contrario.

Sem Enzo Pérez. O volante do River é apontado na Argentina como o melhor nome de toda a atual Libertadores, e nesta quinta está fora por covid-19. "É um jogador de elite europeia", disse Sebá Domínguez, comentarista da ESPN argentina. Ver como Gallardo vai armar o time sem ele é uma atração desde já. O substituto deve ser o interminável Leonardo Ponzio, de 38 anos, que voltou a jogar bem. Outra possível presença é a de Bruno Zuculini, de 27, volante esforçado e de bom passe.

Nico De La Cruz. O armador do River é uruguaio e uma das sensações da equipe até aqui. Chuta bem, é rápido, atrevido, e será interessante acompanhar a sua disputa com os sempre ásperos zagueiros compatriotas. Nico veio do Liverpool do Uruguai - nada a ver com Nacional ou Peñarol.

Gonzalo Bergessio. Se um dos astros do River é uruguaio, o grande nome do Nacional é argentino. Bergessio, parrudo atacante de 36 anos, gosta de acertar os zagueiros, e seu duelo com Javier Pinola também promete bastante. Quando jogava pelo San Lorenzo, foi o carrasco do River naquela que talvez seja a pior eliminação da equipe na Libertadores: foi nas oitavas de final de 2008, com o San Lorenzo derrubando o River com um 2 a 2 em pleno Monumental - perdia por 2 a 0 e tinha um homem a menos. Bergessio fez os dois daquela noite. Quem era o técnico do River? Um tal Diego Simeone.

O jogo de volta será no Gran Parque Central, em Montevidéu, às 21h30 da próxima quinta. Na semi, o ganhador de River x Nacional enfrenta quem passar de Palmeiras x Libertad.