Vélez estuda dispensar Centurión após novo escândalo

Ex-jogador de São Paulo, Boca Juniors e Racing, o meia-atacante Ricardo Centurión, de 27 anos, está com sua continuidade em sérias dúvidas no Vélez Sarsfield, clube que defende desde janeiro.

Ele e mais três companheiros de Vélez foram mencionados em uma denúncia por abuso sexual na última sexta-feira. Nenhum deles foi acusado pelo crime, mas os quatro são investigados por omissão de socorro à mulher de 28 anos que registrou a declaração após a festa em uma chácara alugada em San Isidro, nos arredores de Buenos Aires.

Cúmplice do ocorrido ou não, Centurión está em xeque porque seu contrato com o Vélez permite rescisão imediata em casos de má conduta. Entre os dirigentes do clube, a festa causou revolta pela pandemia e pelos antecedentes do meia-atacante, que colecionou indisciplinas nas passagens por Boca, Racing e Genoa. Até a convocação para a Copa do Mundo de 2018 ele desperdiçou pela saturação de episódios como ser fotografado com armas, dirigir bêbado nas cercanias de uma escola e ser acusado de agressão pela ex-namorada em 2017.

Quando contratou Centurión, o Vélez informou que seu vínculo ficaria atrelado ao cumprimento do estatuto do Departamento de Violência de Gênero recém-criado pelo clube. O meia-atacante só integrou a equipe depois de uma série de contatos do Vélez com os advogados do Racing.

Quem sempre bancou a presença do atleta no clube foi o então técnico Gabriel Heinze, dizendo que se encarregaria pessoalmente das atitudes de Centurión. Heinze deixou o Vélez em março, mês terrível para o meia-atacante também porque sua namorada morreu, tragédia que o fez pensar em se matar.