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Tales Torraga

Como filhas pretendem fazer Maradona largar a bebida

Colunista do UOL

06/11/2020 10h21

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Diego Armando Maradona vive horas decisivas, e sua família quer aproveitar a sensação de urgência para ele enfim parar de beber.

Diego - Divulgação/Festival de Cannes - Divulgação/Festival de Cannes
Giannina, Diego e Dalma Maradona
Imagem: Divulgação/Festival de Cannes

Internado na UTI da Clínica Olivos, em Vicente López, na Grande Buenos Aires, Maradona tem a companhia das filhas Dalma (33 anos), Giannina (31) e Jana (24), que exigem dele uma mudança drástica de hábito. Diego sofre com o excesso de álcool desde 2016, e seu quadro atual é de "confusão e abstinência".

Dalma e Giannina são do casamento com a ex-mulher, Claudia Villafañe, e Jana, reconhecida em 2014, de uma relação extraconjugal, mesmo caso de Diego Júnior (34), que mora na Itália e deve chegar à Argentina quando se recuperar da covid-19.

As duas filhas mais velhas estavam afastadas de Diego, que ameaçou até deserdá-las por uma briga financeira com a ex-esposa. Jana, mais próxima do pai, não tem bom ambiente com as irmãs, mas é eficiente para convencer Maradona, descrito como teimoso e explosivo nas suas vontades.

As três combinaram que o médico pessoal do pai, Leopoldo Luque, terá aval para conduzir o tratamento e ignorar suas eventuais chantagens emocionais e ataques de fúria. Luque contou que Maradona se levantou para deixar a clínica ontem, mas foi barrado pelos médicos e pelas filhas, que reforçam com Diego o quanto Tota e Chitoro, seus pais, já mortos, ficariam felizes ao vê-lo bem.

Dalma, Giannina e Jana daqui por diante querem agir sempre em conjunto, seja por preservação própria ou por convencimento maior. O trio, reforçado pelo filho italiano, será obviamente mais eficiente na missão - e sem envolver suas antigas mulheres, todas de relação muito desgastada com o Diez.

Outra intenção das herdeiras de Diego é afastar do convívio do pai os advogados Matías Morla e Víctor Stinfale, que trabalham como seus representantes. Ambos causaram repulsa coletiva em Buenos Aires ao serem apontados como responsáveis pela postagem no Instagram de Maradona promovendo uma marca de cigarros própria no exato momento em que Diego era transportado à clínica para operar o cérebro.