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Djokovic evita Miami e deixa dúvidas no ar

Depois de uma campanha decepcionante e uma derrota para o número 123 do mundo no Masters 1000 de Indian Wells, Novak Djokovic não vai disputar o Masters 1000 de Miami, que começa na semana que vem. O número 1 do mundo postou em suas redes sociais neste sábado, explicando que não viajará para a Flórida porque "neste estágio da minha carreira, estou equilibrando minhas agendas privada e profissional."

Infelizmente para os fãs de tênis, é um comunicado que deixa no ar algumas dúvidas. Não que Djokovic seja o mais ortodoxo dos tenistas no que diz respeito a decisões sobre carreira e calendário, mas o mais comum no circuito, sobretudo para quem deixou a Europa e viajou para os Estados Unidos, é aproveitar o mês inteiro na "América" e disputar os dois Masters 1000. Especialmente no caso de quem perde cedo em Indian Wells e não sai da Califórnia extremamente desgastado - caso de Djokovic.

Sobre as dúvidas que pairam por aí, vale questionar: será que Djokovic percebeu que não está tão afiado tecnicamente e quer treinar mais em casa antes de voltar ao circuito? Em caso positivo, será que o sérvio prefere evitar o risco de outra derrota precoce em Miami, preservando sua aura de invencibilidade? Ou será que há algo físico impedindo Nole de jogar seu melhor tênis e ganhar certas partidas com a facilidade que nos acostumamos a ver?

Djokovic está garantido como número 1 até o fim do Masters de Miami, mas deixar de lado a chance de pontuar na Flórida é também dar a Alcaraz e Sinner uma grande oportunidade para reduzir a diferença no ranking. Na sequência que envolve saibro e grama, Djokovic tem o título de Roland Garros e o vice de Wimbledon para defender.

Coisa que eu acho que acho:

- No ano passado, quando Djokovic não podia entrar nos Estados Unidos por não estar vacinado contra a covid-19, o governador da Flórida, Ron DeSantis, escreveu uma carta ao presidente do país, Joe Biden, pedindo uma exceção para que Nole pudesse entrar no país e jogar em Miami. Os senadores Rick Scott e Marco Rubio, também da Flórida (e tão republicanos quanto DeSantis), também apelaram a Biden, igualmente sem sucesso. Seria legal saber o que eles acham da decisão tomada por Djokovic este ano, não?

- Djokovic não joga em Miami desde 2019, quando perdeu para Roberto Bautista Agut nas oitavas de final. Ele foi campeão do torneio em 2007, 2011, 2012, 2014, 2015 e 2016.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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