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Djokovic: decepção em Indian Wells

Era para ser um belo retorno após cinco anos. O Masters 1000 de Indian Wells não foi disputado em 2020 por causa da pandemia, e Novak Djokovic optou por não jogar lá em 2021 e, depois disso, deixou de viajar aos Estados Unidos por causa de sua recusa a vacinar-se contra a covid-19 - requisito obrigatório até o ano passado para estrangeiros. Logo, quando o sérvio apareceu na Califórnia este ano, havia uma sensação de reencontro, de "retorno do rei". O homem, afinal, foi campeão lá em 2008, 2011, 2014, 2015 e 2016.

No entanto, o Djokovic que competiu, de fato, em Indian Wells este ano foi uma versão mais passiva, menos precisa e até menos atenta (cedeu uma quebra no segundo set ao não aproveitar um momento em que o rival pensou ter visto uma dupla falta do sérvio) do multicampeão que o mundo se acostumou a ver.

Uma versão, é bom que se diga, não muito diferente da que foi à Austrália este ano. Sim, Djokovic foi semifinalista em Melbourne e só perdeu para o campeão, Jannik Sinner, mas mostrou apenas brilharecos aqui e ali. Complicou-se em jogos que deveria ter controlado desde o começo e acabou dominado diante do primeiro rival com tênis para derrotá-lo em um dia normal.

Ainda parece cedo (ou não?) para disparar os alarmes e falar em começo do fim ou em um declínio inevitável, mas trata-se, inquestionavelmente, de um início de ano decepcionante para Djokovic. Além de perder seu reinado em Melbourne, despede-se de Indian Wells com uma derrota para Luca Nardi, o número 123 do mundo, antes mesmo das oitavas de final.

Enquanto isso, Sinner e Alcaraz, os principais expoentes da nova geração e campeões de dois dos últimos três slams, alcançaram as oitavas sem grands transtornos. Ainda há muito tênis a ser jogado em Indian Wells - e, obviamente, se um dos dois levantar o troféu estará dando um importante passo rumo ao topo do ranking - mas o Masters de Miami, de repente, torna-se muito mais relevante para as pretensões de Djokovic.

Coisas que eu acho que acho:

- É uma amostra pequena - apenas torneios - mas significativa. Até agora, o Djokovic de 2024 foi um tenista que quando tentou ser agressivo, mostrou-se impreciso e deu muitos pontos de graça. Fora o atípico encontro com Mannarino em Melbourne, Nole vinha compensando com as pernas, mas nem isso lhe bastou diante de Nardi em Indian Wells. É preciso fazer mais.

- Sinner vem impressionando. Não só pelas vitórias maiúsculas após um título de slam - o que parece refletir uma impressionante combinação de maturidade e ambição - mas pela serenidade de suas declarações e de quanto reforça o trabalho que ainda precisa ser feito. Mentalidade de campeão.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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