Artur é décima maior compra do Brasil e segunda maior venda da Red Bull

É caro ou barato?

Há quem julgue alto o valor de 8 milhões de euros (mais um de bônus) para Artur trocar o Red Bull Bragantino pelo Palmeiras. É o preço do mercado. Nos últimos três anos, desde o retorno do Bragantino à Série A, o clube do interior paulista já fez 35 milhões de euros em vendas. Artur não é a maior, mas a segunda, abaixo de Claudinho, vendido ao Zenit por 14 milhões de euros, em 2021.

Quando um jogador sai do Brasil para a Europa, nunca parece caro. Thiago Scuro, diretor-executivo da Red Bull, costuma dizer que não faz diferença vender para um adversário do Brasil ou para um time da Europa. Reforça mesmo que a teoria de não negociar com rivais serve apenas para diminuir a importância do Campeonato Brasileiro. Se Artur fosse para a Europa por 8 milhões de euros, lindo... O Brasileirão ficaria mais fraco.

Em compensação, muito menos gente se interessaria pelo campeonato.

Em três anos, o Bragantino conseguiu 35 milhões de euros vendendo jogadores como Claudinho (Zenit - 14 milhões), Artur (Palmeiras - 8 milhões), Emiliano Martínez (Mittland - 5 milhões), Pedrinho (Lokomotiv - 4,5 milhões), Fabrício Bruno (Flamengo - 2,5 milhões), Matheus Peixoto (Metalist - 500 mil). Como qualquer time importante, compra e vende. Para o lugar de Artur, o Bragantino contratou o atacante colombiano Henry Mosquera, 21 anos, do Envigado.

Os valores do Bragantino, assim como do futebol brasileiro, indicam que o mercado cresceu. Certo ou errado, os últimos anos fizeram as negociações inflacionarem. Artur é a décima maior contratação de um clube brasileiro na história e a quinta de um ano para cá.

Yuri Alberto não tem valores revelados, mas a estimativa é de R$ 110 milhões, com as somas dos jogadores envolvidos nos negócios. Gérson custou R$ 92 milhões ao Flamengo, Éverton Cebolinha valeu R$ 87 milhões, o Palmeiras pagou R$ 50 milhões José Manuel López e Artur custou R$ 44,5 milhões.

Yuri Alberto, Gérson e Éverton Cebolinha são as três maiores compras do Brasil em todos os tempos, três negociações de 2022.

Logo atrás, Gabigol e De Arrascaeta, negócios de 2019.

Só em sexto lugar aparece Tévez, comprado pelo Corinthians por R$ 60 milhões em 2004.

Se é caro ou barato é bem difícil dizer. Correta parece a compreensão de que, neste momento, o mercado funciona assim.

O Red Bull Bragantino entendeu perfeitamente o cenário. Queria vender Artur por 10 milhões de euros

O Palmeiras pagou 8 milhões de euros, com um de bônus pelo desempenho do atacante.