Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Fortaleza e seu técnico camaleão massacram na Libertadores
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O telefone tocou cedo na concentração do Fortaleza. O repórter (eu) queria saber se a formação titular seria mantida em comparação com o jogo da semana passada, no Uruguai. A resposta foi que Juan Pablo Vojvoda tinha feito mudanças para atacar mais, agredir mais, mas não podia dizer bem o que era. "Mas a base é o time que jogou em Maldonado."
Foi e não foi.
Juan Pablo Vojvoda é um camaleão. Mudando apenas uma peça, trocando Lucas Sasha por Calebe, transformou completamente a forma de jogar. Ele sabia que o Deportivo Maldonado jogaria com linha de cinco defensores. Esticou cinco avantes, com Calebe, Tomás Pocchettino, Thiago Galhardo, Romarinho e Bruno Pacheco se enfiando na última linha defensiva do rival.
Por vezes, Tinga dava amplitude pela direita. Muitas delas, Caio Alexandre fazendo saída de três ao lado de Marcelo Benevenuto e Titi.
O placar de 4 x 0 não reflete o que foi a vantagem do Fortaleza, nem a dificuldade para matar o jogo.
Das catorze finalizações do primeiro tempo, só a última estufou a rede.
Das 26 da partida, as últimas três resultaram no segundo, terceiro e quarto gols.
O destaque do jogo pode ter sido Hércules, de quatro desarmes, uma assistência.
Mas o que desequilibra é o técnico camaleão.
Uma mudança transformou todo o jeito de jogar do Fortaleza.
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