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Posse de Bola

Rodízio do Fla não pode incluir Gabigol

Colunista do UOL

07/09/2020 13h45

Que o Flamengo de Domenec não será o Flamengo de Jorge Jesus, todo mundo já sacou. Que o calendário-pandemia de 2020 é muito diferente da sequencia menos cruel de 2019, está na cara também.

Assim, faz todo sentido o rodízio que o novo técnico do Flamengo passou a promover no elenco mais repleto de opções no futebol brasileiro. Correto? Sim, não fosse um porém. E o nome dele é Gabigol.

Ficou evidente que a principal estrela do time não gostou nem um pouco de ficar no banco contra o Fortaleza. Entrou, decidiu o jogo, mas saiu do campo pistola - sem querer falar com ninguém.

Gabigol tem razão? Merece tratamento especial? Tem de jogar todas? Ficar fora do revezamento? Essas foram perguntas debatidas no Posse de Bola #54 desta semana.

E eu ousei bancar uma coisa que normalmente não gosto, diante de Mauro Cezar Pereira, Juca Kfouri e Eduardo Tironi: a exceção.

Gabigol é exceção, é excepcional e pode (e deve) fugir à regra. Domenec segue os princípios europeus da troca constante de jogadores, muitas vezes optando pelos "melhores" no banco. Mas existem os "intocáveis" por lá. Messi joga todas. Cristiano Ronaldo, também. Neymar, idem. Os demais, revezam. Eles, não.

Nãooooo!. Não estou comparando Gabigol a eles. Vou para um exemplo doméstico então...

Nos últimos cinco anos, diferentes treinadores estabeleceram todos os tipos de rodízios possíveis no Palmeiras. Mas tinha um cara que jogava todas e não entrava na dança: Dudu. Porque tinha condição técnica e física para isso. Gabigol é hoje no Flamengo, o que Dudu foi para o Palmeiras. Tem de jogar todas, sim.

Depois de sábado, creio que o novo Mister tenha concluído isso. Caso contrário, vai ter problema. Dentro e fora de campo.

E você? Concorda comigo? Gabigol tem ou não de jogar todas?