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Bastidores da F1: A volta da Coreia, de Vettel e as dúvidas sobre Horner

Após as provas na Austrália e no Japão, a Fórmula 1 vai para a China daqui a duas semanas, em uma sequência de três provas em horários pouco favoráveis para os brasileiros. E tem mais corrida de madrugada vindo por aí: em Suzuka, a categoria assinou uma "carta de intenção" para ter uma corrida em Seul, na Coreia do Sul, a partir de 2026 ou 2027.

As negociações com os coreanos estão ocorrendo há meses e a F1 até começou a arrumar um espaço no calendário, depois de Singapura. Mas primeiro é preciso aumentar o número máximo de corridas permitida pelo contrato firmado entre a F1, a FIA e as equipes. O atual expira no final de 2025.

Vettel de volta?

Nos bastidores do GP do Japão, palco de mais uma vitória de Max Verstappen, continua a conversa sobre quem será o substituto de Lewis Hamilton na Mercedes, com as declarações de Sebastian Vettel deixando em aberto a possibilidade de uma volta ao grid, ganhando inclusive o apoio do britânico, que disse preferir que o time escolha "alguém com integridade" para seu posto.

Mas isso foi recebido com ceticismo no paddock. Vettel pode estar deixando a possibilidade do retorno em aberto para ver o que acontece, até porque o mercado de pilotos está muito mais aberto neste ano do que em temporadas anteriores. Mas sabe-se que ele também mantém conversas para se tornar embaixador da Porsche, que não está na F1 e não vai entrar em um futuro próximo.

E, para a Mercedes, Vettel seria uma opção muito mais arriscada (estando fora dois anos e longe de seu ápice quando parou) do que Fernando Alonso, por exemplo.

Isso se a preferência de Toto Wolff for por alguém experiente, aguardando para a promessa Kimi Antonelli, atualmente na F2, estar pronta para o time principal. Wolff disse que está trabalhando com poucas opções, com até 3 nomes, e colocou como prazo o final de julho.

Mais testes para Antonelli

Andrea Kimi Antonelli, piloto do programa de jovens da Mercedes
Andrea Kimi Antonelli, piloto do programa de jovens da Mercedes Imagem: Divulgação/Prema

O italiano de 17 anos, inclusive, vai testar um Fórmula 1 pela primeira vez nas próximas semanas, e a Mercedes fez uma opção curiosa. Ele vai andar com o carro de 2021, porque, nas palavras de Toto, "queríamos dar a ele a sensação de como um carro muito bom de pilotar é antes de colocá-lo no carro de 2022".

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Pelo regulamento da F1, é permitido testar com carros de pelo menos dois anos atrás. A partir de 2024, isso significa que os pilotos podem testar com carros já do regulamento atual, o que é muito mais representativo. Antonelli fará isso, mas primeiro a Mercedes quis lhe dar um carro melhor de se pilotar do que os modelos inconsistentes que eles fizeram nos últimos anos.

Esse programa de testes de F1 de Antonelli ganhou mais quilometragem após o anúncio da saída de Hamilton um ano antes do final de seu contrato. Ele já estava programado para acontecer, porque o plano do time era colocá-lo na Williams em 2025 para que ele fosse para a vaga do heptacampeão em 2026. Mas a saída antecipada do inglês colocou o time nessa situação de talvez ter de acelerar esse processo.

Caso Horner não acabou

Ainda continua havendo muito burburinho sobre a maneira como Christian Horner está tentando ganhar mais e mais poder na Red Bull mesmo depois da investigação por que passou e da série de vazamentos que mostram resistência interna a ele.

Antes se falava que as coisas tinham começado a ficar mais tensas porque ele teria tentado comprar a equipe Red Bull ou pelo menos se tornar acionista. E agora várias fontes confirmam que ele está mirando na empresa Red Bull, e não só na equipe. E tem o apoio de Chalerm Yoovidhya, dono de 51% da empresa, para isso.

E seguem, também, os questionamentos sobre a transparência da investigação pela qual ele passou por conduta imprópria com uma funcionária. Digamos que a "comunidade" de barristers, que é como se fosse um 'super-advogado', na Inglaterra, seja bastante pequena. É preciso uma formação muito específica para isso. E ninguém sabe quem foi o profissional que atuou na investigação. Outras equipes têm consultores legais ligados a esse mundo e estão tentando obter informações, sem sucesso algum.

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