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Marília Ruiz

REPORTAGEM

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Marília Ruiz: Bolzan fala de Borré, CBF e se diz a favor da ciência

01/04/2021 09h24

A frustração gerada pela fracassada negociação com o atacante Borré não freou a intenção da direção de reforçar o Grêmio.

Em longa e franca entrevista, o presidente Romildo Bolzan Jr afirmou que ainda planeja algumas contratações para o time de Renato Gaúcho, que, se comprometeu com a acelerar a integração de promessas da base para ajudar a equilibrar as contas.

"Não temos nenhum problema em adaptar o projeto e corrigir alguns rumos (depois dos insucessos da última temporada). Mudamos a preparação física, mudamos o plano de transação dos jogadores, baixamos do Sub-23 para o Sub-20, estamos ainda pensando em reforçar o time. O Grêmio precisa. Não sei se no valor que seria gasto com Borré, mas 2 ou 3 serão feitas. Excepcionalmente 4. Uma de grande porte. Minha relação com o Renato é ótima. Mas não há problema nenhum em discordar, conversar e trabalhar", disse Bolzan, em entrevista a essa colunista e companheiros do "Bola Rolando" do Bandsports (assista à entrevista completa em Entrevista com Romildo Bolzan Jr).

Bolzan também falou sobre recente vazamento de imagens constrangedoras da reunião entre o presidente da CBF, Rogério Caboclo, e presidentes de clubes de séries A, B e C.

"Lamento por quem quebrou a confiança do grupo. Era uma reunião privada. Diz respeito aos clubes. Uma questão muito triste e lamentável. Quem o fez (vazamento), fez de maneira errada. Sem ética. Temos uma boa relação com o presidente da CBF, o que não significa que não possamos ser contra algumas coisas. Por exemplo, o Grêmio votou contra a proposta da limitação da troca de técnicos. E daí?", afirmou o cartola gremista, que também criticou a postura da própria CBF e de colegas de outras federações e Estados que tentam burlar as regras da quarentena para seguir jogando partidas de vários campeonatos. No RS, apesar da fase emergencial, o governo estadual permitiu a realização de jogos a noite, quando vigora o "toque de recolher".

"Havendo autorização para a continuidade, havendo condições e havendo negociação para tal, não vejo problema na continuidade dos torneios. No momento que houver uma interdição ou uma negativa de alguma autoridade de saúde, nem se discute. Não tem absolutamente nada a fazer. Simplesmente não se joga. Não tem questionamento judicial a se fazer. Não tem que gritar", finalizou.