Marília Ruiz: Gacibol e a turva arbitragem brasileira
Inventamos o "Gacibol": o futebol brasileiro monitorado pelo VAR sem critério, sem regularidade, sem transparência e que até agora admitiu ter cometido UM único erro, unzinho (?) só.
Temos nesta temporada o uso de critérios completamente díspares para lances idênticos do nosso já elástico VAR (que já extrapola em muito a ideia original de mínima interferência/máxima eficácia).
Há algumas semanas, o ex-árbitro Leonardo Gaciba, chefe de arbitragem da CBF, admitiu que o mau uso das tais linhas de impedimento em Atlético x São Paulo. Saiu do seu escritório bem vedado/fechado/blindado e resolveu pela primeira vez que a tecnologia 100% confiável havia falhado - claramente por defeitos do ser humano que opera os botõezinhos. Sim, os mesmos seres humanos que já faziam isso antes e seguem fazendo o mesmo trabalho agora.
Qual o resultado?
Bom, oficialmente em breve teremos uma apresentação virtual do Gaciba detalhando as maravilhas que o VAR trouxe à já maravilhosa, idônea e infalível arbitragem brasileira
Já na realidade nua e crua, temos um campeonato pontuado arbitragens ruins, um VAR às vezes enxerido e às vezes omisso, e uma chefia de arbitragem aparentemente ausente, que releva erros seguidos e é permissiva ao chororô dos clubes (alguns, claro).
Perguntar não ofende:
O vaivém de dirigentes indo na CBF para falar dos erros de arbitragem e dos usos e desusos do VAR passa qual imagem?
As reuniões fechadas têm qual objetivo?
Qual o critério para aceitar a pressão de A, mas não aceitar a pressão de B?
Qual a necessidade de tanto segredo?
Por que no Brasil os árbitros-chefes fogem dos microfones e indicam que os árbitros-subalternos fujam também?
Por quê???
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