Globo defende protocolo e Casagrande das críticas de cartolas do futebol

Diretores da Globo tem defendido, nos bastidores, o comentarista Casagrande de críticas feitas por dirigentes paulistas. O ex-jogador é defensor da paralisação do futebol neste momento, mas pegou covid-19 na semana passada —ele já se recuperou. A emissora também tem defendido seu protocolo para transmissões e realização de jogos e programas.

A coluna apurou que Casão tem liberdade para opinar sobre o que achar necessário, assim como outros comentaristas da Globo podem falar sobre o que quiserem. Internamente, a emissora ressalta que as opiniões de seus comentaristas não são, necessariamente, as mesmas da empresa.

A insatisfação de dirigentes paulistas com críticas de Casagrande foi revelada no último domingo (4) pelo colunista do UOL Ricardo Perrone. Os dirigentes também afirmam que, neste período, a Globo seguiu realizando programas de forma presencial.

Executivos da Globo argumentaram que tem um protocolo rígido para a produção de programas. Não há contato entre pessoas que realizam a atração. Em diversos horários, apresentadores fazem a própria maquiagem, por exemplo. Além disso, quando a situação aperta, a Globo não hesita em tirar programas do ar.

Na semana passada, por exemplo, o SporTV retirou do ar o "SporTV News Tarde", exibido na hora do almoço - a atração voltou nesta segunda (5). O objetivo foi diminuir o número de pessoas que vão até os estúdios. A Globo também afirma que precisa manter a produção de transmissões em estúdio por causa da qualidade a que o público está acostumado.

Pessoas do grupo de risco só voltam a trabalhar na Globo após duas doses da vacina e caso o comitê de covid da empresa aprove. Um caso assim foi o retorno de Galvão Bueno. O narrador de 70 anos estará na Supercopa do Brasil depois de 14 meses e só foi liberado porque cumpriu os requisitos.