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Fábio Seixas

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Tudo indica que, agora, a Mercedes vai pra frente

Lewis Hamilton, da Mercedes, no primeiro dia de treinos para o GP da Inglaterra - Jiri Krenek/Mercedes
Lewis Hamilton, da Mercedes, no primeiro dia de treinos para o GP da Inglaterra Imagem: Jiri Krenek/Mercedes

Colunista do UOL

01/07/2022 13h28

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O novo assoalho, o asfalto liso, a suspensão redesenhada, a asa traseira diferente... Aparentemente, o pacote funcionou. A Mercedes, agora sim, pode respirar aliviada.

Talvez ainda não seja o suficiente para lutar por vitórias. Mas já é um começo. E com uma ótima notícia à frente. As próximas sete etapas do Mundial, incluindo a corrida deste domingo, serão em condições parecidas: autódromos, circuitos fechados, asfaltos mais regulares do que os encontrados nas pistas de rua que inundaram a primeira parte do campeonato.

O mais rápido na sexta-feira em Silverstone, primeiro dia de atividades para o GP da Inglaterra, foi Sainz, da Ferrari: 1min28s942. Mas a grande notícia está na segunda posição: Hamilton ficou a apenas 0s163. Norris foi o terceiro, seguido por Verstappen e Leclerc.

O heptacampeão mundial classificou de "fenomenal" o trabalho aerodinâmico feito pela Mercedes nas últimas semanas. "É sempre bom carregar upgrades no carro. O volume de trabalho que essa equipe teve nos bastidores foi muito pesado. É fenomenal ver o quanto todos estavam focados e comprometidos em entregar resultados", disse.

Para evitar confusões com a FIA, o inglês tirou o piercing que usava há tempos no nariz. Cumpriu assim, no prazo que lhe foi dado, a regra que não permite que pilotos usem joias quando estão em ação.

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Carlos Sainz, nesta sexta-feira, no segundo treino livre para o GP da Inglaterra
Imagem: Ferrari

Russell, seu companheiro de equipe, ficou em oitavo no segundo treino, esbanjando otimismo: "A natureza de Silverstone, um circuito de alta velocidade, vai jogar a nosso favor. É sempre difícil dizer, porque a cada corrida estamos trazendo mais novidades, mas temos fé de que seremos mais competitivos neste fim de semana".

A primeira sessão não serviu como parâmetro de desempenho, mas pode ser útil para a classificação. Choveu forte em Silverstone antes do treino e em alguns momentos com carro na pista. Com a pista molhada, apenas dez pilotos marcaram tempo: Bottas foi o mais rápido, com Hamilton em segundo. Verstappen nem sequer fechou volta.

A meteorologia prevê chances de chuva no sábado, durante a sessão classificatória. Para o domingo, a previsão é de céu nublado e tempo seco.

Fora da pista, dois assuntos movimentaram o paddock.

O primeiro, a informação de que a FIA definiu uma métrica para as oscilações verticais dos carros. O novo limite passará a ser imposto a partir do GP da França. As equipes poderão usar os dois próximos GPs, Silverstone e Spilberg, para fazer suas próprias medições e evitar terem que levantar os carros em Paul Ricard _o que geraria perda de desempenho.

O outro assunto foi lamentável. O site "Grande Prêmio" descobriu um trecho ainda mais lamentável da tal entrevista de Piquet em novembro do ano passado.

Questionado sobre Keke Rosberg, campeão em 1982, disse o seguinte: "O Keke? Era um bosta, não tinha valor nenhum. É que nem o filho dele [Nico]. Ganhou um campeonato. O neguinho devia estar dando mais c* naquela época, aí tava meio ruim".

Esta nova fala já ganhou repercussão mundial, já chegou a Silverstone. Repito o que escrevi nesta semana: tudo indica que Piquet, tricampeão mundial com todos os méritos, será banido do paddock. É o certo a ser feito.