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Mais testes e seis minicorridas: F-1 de 2022 começa a ganhar forma
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O Conselho Mundial da FIA vai se reunir na sexta-feira para discutir novidades e analisar mudanças nas regras da F-1. Mas dois pontos já foram vazados por integrantes da Comissão da categoria, que encaminhará a pauta para votação.
O primeiro: a próxima temporada deverá ter seis "minicorridas" para definir o grid de largada.
O desejo de Stefano Domenicali, chefe da Liberty Media, era adotar o formato em sete ou oito etapas. Mas a comissão, grupo formado por representantes das equipes e por promotores de GPs, decidiu por um caminho mais conservador.
A sugestão da comissão, porém, só deve ser referendada após o GP de São Paulo, em novembro, quando o formato será testado pela terceira _e última_ vez no ano.
Comunicado emitido pela Comissão de F-1 nesta quarta-feira informa que os relatórios sobre os dois primeiros testes foram positivos. "Elementos relativos aos próximos eventos, assim como sua regulamentação, serão discutidos após a prova do Brasil", diz a nota.
A outra novidade diz respeito aos testes pré-temporada. O intervalo entre o último treino e a abertura do campeonato foi reduzido de 10 para 8 dias. E a duração máxima de cada sessão de testes foi ampliada de 3 para 5 dias.
Já há até datas e locais para os testes: de 21 a 25 de fevereiro em Barcelona e de 10 a 12 de março, no Bahrein. A previsão é que o campeonato comece no dia 20, lá mesmo em Sakhir.
É um aumento considerável em relação à última pré-temporada: três dias.
O motivo é o novo pacote técnico que será implantado em 2022. Entre as principais mudanças estão a volta do efeito-solo, que deve alterar muito o comportamento dos carros, a adoção de rodas maiores, de 18 polegadas, sistemas de suspensão mais simples que os atuais e, provavelmente, o banimento das mantas térmicas para aquecer os pneus.
Os testes aumentaram 166%, mas ainda acho pouco diante de mudanças tão drásticas no Regulamento Técnico.
E aí, admito, entra um quê de saudosismo. Sou dos tempos de testes pré-temporada em Jacarepaguá, que duravam quase um mês. Eram oportunidades em que as equipes relaxavam, em que os contatos eram muito mais fáceis, em que era possível observar os carros de perto.
Mas ok, tudo isso é passado.
Os custos hoje inviabilizariam algo assim. E, antes de um calendário recorde, com 23 etapas, tudo o que os engenheiros e mecânicos não querem é passar semanas e semanas fora de casa.
Novos tempos. O negócio é se contentar com oito dias e não reclamar...
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