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Fábio Seixas

REPORTAGEM

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Dona da Mercedes planeja sair da F-1

Lewis Hamilton sorri em coletiva de imprensa em Monaco - Sebastien Nogier/POOL/AFP
Lewis Hamilton sorri em coletiva de imprensa em Monaco Imagem: Sebastien Nogier/POOL/AFP

Colunista do UOL

19/05/2021 12h17

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A equipe Mercedes, como a conhecemos hoje, pode estar começando a acabar.

Um relatório financeiro da Daimler informa que a montadora deseja vender, neste ano, sua participação na equipe de F-1.

Será a conclusão de um movimento que já vem acontecendo gradativamente.

A Daimler comprou a Brawn, ex-Honda, ex-BAR e ex-Tyrrell, em 2009. No ano seguinte, a marca alemã voltou a ter uma equipe na F-1, encerrando um hiato de 55 anos.

Em 2013, a Daimler vendeu 30% da equipe para o austríaco Toto Wolff. Outros 10% já eram de Niki Lauda, presidente do conselho. A montadora ficou, portanto, com 60% de participação.

No início do ano passado, a Daimler recomprou as ações que estavam com a família de Lauda, morto em maio de 2019. Mas, em dezembro, voltou a abrir mão de sua participação e acolheu um novo sócio: o conglomerado inglês da indústria química INEOS.

Hoje, a equipe heptacampeã mundial está dividida igualitariamente entre Daimler, Wolff e INEOS. Cada um detém 33,3% de participação.

O balanço financeiro do primeiro trimestre de 2021, enviado pela montadora para seus investidores, deixa claro que há mais por vir.

"Assumimos o compromisso de sair no primeiro semestre de 2021 e depois disso a Daimler não terá mais controle da equipe de F-1", diz o texto.

O documento informa ainda que a Mercedes seguirá fabricando motores para a F-1 e atendendo suas equipes clientes. Nesta temporada são três: Williams, McLaren e Aston Martin.

São várias as perguntas no ar.

Sem a Daimler no controle, como ficará o nome do time? A montadora pagará para que a estrela da Mercedes continue estampando os carros? Ou chegará alguma outra marca disposta a batizar o time mais vencedor de todos os tempos? Qual seria esse preço? Esse movimento explica a debandada de engenheiros da Mercedes para a Red Bull nas últimas semanas?

As conversas nos iates ancorados em Mônaco prometem ser intensas nos próximos dias.