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Diogo Silva

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Cancelamento de pré-olímpicos prejudica ida de atletas a Tóquio

Pugilista Luiz Oliveira, bronze nos Jogos Mundiais da Juventude em 2018 - Pedro Ramos/rededeesporte.gov.br
Pugilista Luiz Oliveira, bronze nos Jogos Mundiais da Juventude em 2018 Imagem: Pedro Ramos/rededeesporte.gov.br

21/04/2021 04h00

O Brasil pode ter menos representantes na Olimpíada de Tóquio que nas últimas edições dos jogos. Um dos motivos já esperado é que o Rio de Janeiro foi sede dos últimos jogos olímpicos. Na ocasião, o país teve 462 representantes. Em Londres, em 2012, tínhamos 259 atletas, e em Pequim, 2008, foram 277. A meta para Tóquio é levar 277 atletas, mas com o cancelamento de pré-olímpicos em algumas modalidades torna o objetivo mais distante.

No boxe, por exemplo, o Pré-Olímpico das Américas foi cancelado, e as vagas olímpicas ficaram para os atletas que estavam bem ranqueados. Por causa do cancelamento de competições, o jovem pugilista Luiz Oliveira, o Bolinha, que foi medalhista nos Jogos Olímpicos da Juventude e subiu para o adulto em 2019, não conseguiu pontuar para concorrer a uma vaga pelo ranking e agora sonha com uma oportunidade através de um convite do Comitê Olímpico Internacional.

A Fina (Federação Internacional de Natação) também cancelou o Pré-olímpico de saltos ornamentais, do nado sincronizado e da maratona aquática, que aconteceria esse mês no Japão. Até o momento uma nova data ainda não foi remarcada.

Para o atleta, o cancelamento também significa uma quebra na periodização. Mas o que isso significa?

O atleta, junto com sua equipe multidisciplinar, organiza um planejamento para que alcance o ápice da performance em determinadas competições, que no ano de 2021 seria o Pré-olímpico e os Jogos de Tóquio. Quando o evento é cancelado se tem uma quebra na qualidade esportiva esperada, prejudicando o resultado final.

Outra modalidade que foi prejudicada foi o tiro com arco, que tem dois atletas classificados para Tóquio: Ana Marcelle e Marcus D'Almeida. As seleções brasileiras - masculina e feminina - da modalidade, que iriam disputar a copa do mundo na Guatemala, viram o pais da América Central fechar as fronteiras com o Brasil. Outros três países onde a seleção faria treinamentos para também impediram a entrada de brasileiros.