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Diogo Silva

REPORTAGEM

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COB abre vagas para cursos de gestão e transição de carreira para atletas

Atletas que participaram do curso educacional - Divulgação
Atletas que participaram do curso educacional Imagem: Divulgação

24/03/2021 04h00

O Instituto Olímpico Brasileiro, braço educacional e cultural do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), tem inscrições abertas para programas educacionais de formação de atletas. As inscrições começaram em 11 de março e vão até o dia 31 deste mês.

Dentro dos programas educacionais está o curso de transição de carreira, uma capacitação de seis meses, que tem o intuito de orientar e capacitar atletas que estão perto de se aposentar do esporte.

O núcleo de transição proporciona oportunidades de estágios, programas de trainee, vivências profissionais, possibilidade de bolsas de estudos em diferentes áreas e processos de coaching focados no desenvolvimento global do atleta, de modo a potencializar suas oportunidades no mundo profissional.

Para os jovens talentos, o PCA (Programa de Carreira do Atleta) oferece um curso a distância para aqueles com grande potencial esportivo e que já são destaque nas categorias de base. São oferecidos apoios pedagógico e psicológico, além de orientações sobre saúde e para as famílias.

Outro programa muito procurado é o curso avançado de gestão esportiva, conhecido como Cage. O público-alvo são atletas que desejam alcançar papeis de gerenciamento e coordenação em suas confederações, ou seja, aqueles que querem ser secretários de esporte ou gerenciar uma grande organização esportiva, por exemplo.

O Cage foi criado em 2009, mas era limitado aos poderes das confederações que indicavam atletas ou dirigentes para participarem do curso.

Hoje as comissões dos atletas do COB, junto com o Instituto Olímpico, entraram em um consenso de que os atletas olímpicos não precisariam mais passar pelo crivo das confederações e ainda podem receber uma carta de recomendação da Cacob (Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil).

E esse passo é fundamental para a democratização ao acesso no esporte.

Carmen Carolina, do Taekwondo, por exemplo, que foi para os Jogos Olímpicos de 2000, em Sidney, Austrália, preenche os pré-requisitos para o Cage, mas foi impedida de fazer o programa até mesmo no período em que foi coordenadora do Taekwondo na Olimpíada de 2016, no Rio.

Agora, a taekwondista pode, 21 depois da sua passagem olímpica, participar do programa, contando apenas com seu currículo e experiência.

Yane Marques, presidenta da comissão dos atletas, e Emanuel, do vôlei de praia, foram alguns exemplos de sucesso do programa.

O Cage promove a análise, a discussão e a produção de conhecimento, além de propor soluções concretas para as diferentes organizações dirigentes dos esportes Olímpicos no país. Gestão Estratégica, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Financeira, Gestão de Marketing e Organização de Grandes Eventos Esportivos são algumas das disciplinas ministradas, divididas entre presenciais e a distância.