Neymar chama ação de ativista de 'bizarra' e pede para Justiça multá-lo
Após 3 anos, o atacante Neymar, do Al-Hilal, se manifestou em uma ação criminal movida pelo ativista LGBTQI+ Agripino Magalhães, que cobra R$ 1 milhão de indenização por danos materiais e morais.
Em contestação enviada ao tribunal, Neymar se apresentou de forma espontânea, ou seja, sem ser intimado, chamou o processo de "bizarro" e lamentou ter que gastar tempo e estrutura do Poder Judiciário para responder às "mais nefastas e infundadas acusações".
Agripino abriu o processo contra Neymar e seu advogado, Davi Tangerino, há 3 anos, dizendo que foi assaltado à mão armada a mando do jogador e de seu representante e que precisou fugir após sofrer ameaças de morte de pessoas relacionadas ao atleta.
"Surreal, é profundamente lamentável", responderam os advogados de Neymar ao tribunal. Eles ainda classificaram o processo como uma "narrativa delirante e ininteligível", com "alusões esparsas e desconcatenadas" e "doentias ilações".
Na petição inicial, o ativista disse que "tem medo de que em qualquer esquina possa ser fuzilado", pois, segundo ele, foi ameaçado por amigos do jogador. Então, além da indenização de R$ 1 milhão, ele quer um pagamento mensal de R$ 5.000 "até que cessem as ameaças dos parças".
Os advogados de Neymar ainda mencionam que o próprio Agripino reconheceu, em entrevista ao UOL, que nunca sofreu ameaças de morte de Neymar, e sim, de terceiros.
A defesa do atacante do Al-Hilal ainda apontou que a razão de Agripino ter processado Neymar foi para a "obtenção de atenção da mídia e de retorno financeiro indevido processando celebridades, pessoas de elevado poder aquisitivo e afins".
Assim, pediram que Agripino seja condenado por má-fé, em 10% do valor da causa atualizado, ou seja, mais de R$ 100 mil, além de honorários advocatícios fixados em mais 10%.
Gustavo Xisto, advogado que representa Neymar na ação, afirmou que não comentam processos, mas que os argumentos do jogador já estão na ação.
O advogado de Agripino na ação é Angelo Carbone, que tem quase duas décadas de histórias escandalosas e ações milionárias envolvendo celebridades. Segundo mostrou reportagem do UOL, o advogado já processou Neymar, Jojo Todynho, Cid Moreira, Lima Duarte e tantos outros na Justiça.
Conhecido como "Caçador de Famosos", o expediente de Carbone é trazer acusações graves contra as celebridades, pedindo apuração das autoridades. Ele foi procurado pela coluna para comentar a contestação de Neymar, mas não respondeu até a publicação.
Davi Tangerino, advogado da família de Neymar que também é processado na ação, já havia dito ao Poder Judiciário que o ativista tem uma atuação baseada em brigas judiciais falaciosas contra declarações polêmicas de figuras públicas, buscando publicidade, material para suas redes sociais e autopromoção de sua vida pública.
De acordo com a contestação de Tangerino, o autor viu em episódio envolvendo Neymar, a mãe do jogador e um ex-namorado dela, que seria bissexual, uma oportunidade para se promover e ganhar projeção midiática provocando o Ministério Público a se manifestar sobre o caso e pedindo uma indenização milionária.
Em 2020, Magalhães foi ao Ministério Público pedir a prisão de Neymar pelos crimes de tentativa de homicídio, incitação ao ódio, ameaça de morte e homofobia, depois que o áudio do atacante falando sobre o então namorado da mãe vazou.
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