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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Torcida do São Paulo deixa claro que não terá paciência com time operário

Luciano disputa bola na partida entre São Paulo e Ituano, pelo Paulistão 2023 - Marcello Zambrana/AGIF
Luciano disputa bola na partida entre São Paulo e Ituano, pelo Paulistão 2023 Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Colunista do UOL Esporte

16/01/2023 08h48

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Era a estreia do São Paulo em 2023, dentro do Morumbi, com todas as peculiaridades de uma pré-temporada ainda em curso.

Por mais que os treinos de Rogério Ceni sejam intensos e simulem situações de jogo, o ritmo não é o mesmo e isso pesa. Das contratações, o goleiro Rafael e os atacantes Wellington Rato e Pedrinho iniciaram a partida contra o Ituano.

O que se viu foi, na prática, um 4-2-4 com Rodrigo Nestor recuando para qualificar a saída de bola e deixando Pablo Maia mais à frente e Luciano circulando em torno de Calleri. Muitas jogadas pelos flancos, com Rafinha e Wellington adiantados e abrindo o campo.

O que falta em um time sem grandes estrelas? Justamente o lampejo que compensa a falta de entrosamento, o coelho da cartola nas proximidades da área adversária que desequilibra. O São Paulo de Ceni não tem.

Foram 12 finalizações no primeiro tempo, três no alvo. Mais dez na segunda etapa, uma na direção da meta do goleiro Jefferson Paulino. As substituições agregaram pouco, apenas Igor Vinicius, mais agressivo que Rafinha, conseguiu ter uma boa chance para tirar o time do sufoco.

Não deu e as vaias foram pesadas no apito final. Um tanto precoce, mas direito de quem pagou ingresso. Até porque a torcida tricolor tem muito crédito, por comparecimento e apoio.

Mas ficou claro que não haverá paciência com o time operário de Ceni. Se não verá grande futebol, a massa quer o resultado. Nem um, nem outro apareceram na abertura do Paulista para o Tricolor do Morumbi.