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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Com campanha quase perfeita, Flamengo levará toda pressão para Guayaquil

Jogadores do Flamengo fazem festa após vitória contra o Vélez e classificação para a final da Libertadores -  Buda Mendes/Getty Images
Jogadores do Flamengo fazem festa após vitória contra o Vélez e classificação para a final da Libertadores Imagem: Buda Mendes/Getty Images

André Rocha

08/09/2022 07h29

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A virada sobre o Vélez Sarsfield por 2 a 1 no Maracanã lotado serviu para consolidar uma nova campanha 100% do Flamengo nas etapas de mata-mata na Libertadores. Mais cinco vitórias e o único empate, fora de casa contra o Talleres, na fase de grupos. Em 2021 foram três, sem contar o revés na prorrogação da final em Montevidéu.

A última vez que os rubro-negros saíram derrotados em 90 minutos foi ainda em 2020, nos históricos 5 a 0 impostos pelo Independiente del Valle. Na eliminação para o Racing, dois empates, caindo só nos pênaltis.

Consistência em números que não se viu em campo no primeiro tempo da volta da semifinal. Mesmo descontando uma compreensível desconcentração com a enorme vantagem construída no José Almafitani, os reservas que entraram, mais uma vez, não mantiveram o nível dos titulares.

Fabrício Bruno e Pablo hesitantes, com este último falhando feio no gol de Lucas Pratto, em contragolpe aproveitando erro de passe de Arturo Vidal, com o time saindo e Rodinei já passando pela direita. A equipe de "Cacique" Medina cuidou melhor do meio-campo, com Florentín entrando no lugar de Walter Bou e se juntando a Garayalde e Cáseres na proteção da defesa, negando espaços às costas para Everton Ribeiro e De Arrascaeta.

A adaptação de Everton Cebolinha à função de Gabigol na dupla de ataque só melhorou na volta do intervalo. Com o jogo já empatado, porque Pedro aliviou o Maracanã com belo gol de cabeça, completando assistência de Everton Ribeiro. 12º do maior artilheiro da história do clube em uma única edição do torneio continental.

Atacante que desequilibra não só com bolas nas redes adversárias. Também com caneta e assistência para Marinho, que substituiu Cebolinha, receber mais centralizado e soltar um "minimíssil" no ângulo de Burián. Ainda haveria um de Pablo, no final, mas anulado por impedimento.

Nem precisava. O Flamengo já estava com a cabeça em Guayaquil. Mas só no dia 29 de outubro. De novo uma incógnita o que será do time em 52 dias, quase dois meses até encarar o Athletico de Felipão, que cancelou a revanche contra o Palmeiras ao eliminar o atual bicampeão no Allianz Parque.

A única certeza é que a pressão estará toda nos ombros do agora grande favorito. Com a missão de consagrar outra campanha quase perfeita com o tricampeonato. Cabe a Dorival Júnior continuar entregando mais qualidade que Renato Gaúcho e mandar a campo um time melhor condicionado, física e taticamente. Completo, se for possível. Para fazer história no Equador.