Real Madrid vence Supercopa e começa temporada com a marca da estabilidade

O Eintracht Frankfurt até começou melhor a disputa em Helsinki, apesar da ausência de Filip Kostic, de saída para a Juventus. Armado em um 3-4-2-1 pelo austríaco Oliver Glasner, com intensidade, força física e transições rápidas acionando Santos Borré e Kamada, que apareceu na cara de Courtois, mas não foi eficiente.

O Real Madrid só tinha realizado amistosos de pré-temporada, já que a liga espanhola ainda vai começar. Começou um tanto lento, perdendo divididas e pouco agressivo.

Mas aos poucos passou a usufruir do grande trunfo da equipe de Carlo Ancelotti desde a vencedora temporada passada: o entrosamento. Com a mesma escalação da final da Liga dos Campeões contra o Liverpool, foi se aprumando no 4-3-3 que varia pelo trabalho defensivo mais intenso de Valverde pela direita, dando liberdade a Vinicius Júnior do lado oposto, que infiltra em diagonal para se juntar a Benzema.

A dupla ofensiva de fina sintonia criou, mas não foi feliz nas finalizações. Ao contrário de Alaba, que aproveitou assistência de Casemiro de cabeça para conferir. Bola na rede e domínio do time merengue no segundo tempo. Até pelo pouco efeito das substituições no campeão da Liga Europa, incluindo Mario Gotze.

O Real foi rodando a bola com calma e precisão, até Vinicius Júnior servir e Benzema marcar o segundo. Filme repetido, mas que funciona. Mesmo abrindo mão de Bale, Isco e Jovic para a temporada. Entraram Camavinga, Ceballos, Rodrygo e as novidades Tchouaméni e Rudiger, que vão acrescentar ao elenco de Ancelotti, mas será difícil ganhar vagas no time titular.

Porque a jornada 2022/23 já começa com taça na Dinamarca e também a marca da estabilidade. Como gosta a liderança serena do treinador italiano. Mesclando experiência e juventude, apostando no entrosamento e no talento para continuar se impondo, na Espanha e na Europa.