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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

André Rocha: Flamengo aleatório e letal na final da Libertadores

Bruno Henrique comemora com Renato Gaúcho seu segundo gol na partida entre Flamengo e Barcelona-EQU - Marcelo Cortes/CRF
Bruno Henrique comemora com Renato Gaúcho seu segundo gol na partida entre Flamengo e Barcelona-EQU Imagem: Marcelo Cortes/CRF

Colunista do UOL Esporte

29/09/2021 23h33

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Seis vitórias, 18 gols marcados, três sofridos. Se o lado chaveamento do Flamengo no mata-mata da Libertadores pode ser considerado mais acessível que o do Palmeiras, o outro finalista, o time rubro-negro cumpriu a missão contra Defensa y Justicia, Olimpia e Barcelona de Guayaquil com créditos.

Mas à sua maneira. Entretendo o espectador, mas provocando uma montanha-russa de emoções no torcedor. Defendendo mal, porém sem ceder tantas chances cristalinas aos adversários como quando atuava com linhas muito adiantadas. Ataca bem menos, mas quando chega é mais cirúrgico. Justamente pelos espaços que antes eram escassos.

Garantiu vaga na decisão em Montevidéu basicamente com duas saídas perfeitas da pressão do Barcelona. Até a bola chegar a Everton Ribeiro e o camisa sete servir Bruno Henrique. Na primeira, com direito a drible no goleiro. No segundo, nem isso precisou. Só empurrar. Para fazer história com quatro gols em uma semifinal.

Tudo isso com lesão de David Luiz, entrando Gustavo Henrique, e Andreas Pereira "pendurado" por cartão amarelo, desde os primeiros minutos em Guayaquil. Errando muito, sem nenhum controle. A imposição é técnica, mas não constante. Com 48% de posse, 11 finalizações, quatro no alvo.

Sofrendo 17 conclusões. Seis defesas de Diego Alves. Outro 2 a 0 no placar, quatro no agregado. Andreas Pereira ainda carimbou a trave no primeiro tempo e Gabigol perdeu chance clara no segundo. Aleatório e letal.

Dificil entender, não? A única certeza é que deu certo até aqui. E Renato Gaúcho chega à sua terceira final como o treinador com mais vitórias na história do torneio: 50. E o Fla ainda pode ser campeão invicto.

Mas decisão em jogo único só em 27 de novembro. Sem favoritos. Os dois últimos campeões, que dominam o futebol brasileiro e sul-americano nos últimos anos. Duelando pelo tricampeonato para se juntar a Santos, São Paulo e Grêmio. Tudo muito imprevisível, até porque é impossível saber o que esperar do Flamengo de Renato.

(Estatísticas: SofaScore)