Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Bélgica sobra na estreia com Lukaku, cada vez melhor. Rússia foi indigente
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A Rússia só chegou às quartas da última Copa do Mundo por jogar em casa. Três anos depois, continua dependendo do jogo aéreo para o gigante Dzyuba. Ainda perdeu intensidade, com ou sem bola. Num 4-4-2/4-2-3-1 muito espaçado.
Não por acaso a Bélgica vem atropelando. Vencendo nas eliminatórias desta mesma Euro com autoridade e fazendo 2 a 0 sem Kevin De Bruyne e grande esforço. Encaminhando a vitória por 3 a 0 em São Petersburgo com gol de Lukaku, sem impedimento na interpretação da arbitragem, e Meunier, que entrou na vaga de Castagne e foi mais efetivo na ala direita do 3-4-3 montado por Roberto Martínez. Permitindo que Mertens deixasse o corredor e se aproximasse de Lukaku por dentro.
Primeiro tempo de imposição com 64% de posse, 90% de efetividade nos passes, sete finalizações contra duas. Depois do intervalo foi controlar, circular a bola com calma e definir em rápido contragolpe novamente com Lukaku - cada vez mais forte, rápido, móvel, técnico e letal.
Um dos melhores atacantes do mundo e com sensibilidade para homenagear Eriksen, que assustou o mundo com uma síncope que paralisou Dinamarca x Finlândia. Na última das nove finalizações belgas, quatro no alvo. Três nas redes. Mantendo a porcentagem de posse e acerto nos passes.
Administrando o gás do grupo no final da temporada europeia, Martínez também deu minutos a Eden Hazard, que saiu do banco para substituir Mertens e desfilar a técnica que não vem contando com respaldo do condicionamento físico de um atleta de alto rendimento.
Mas mostra a qualidade disponível da líder do ranking da FIFA e uma das forças do continente. Este que escreve ainda acha a França mais forte, porém em um eventual confronto direto o equilíbrio deve ser o mesmo da semifinal do Mundial.
Bem diferente do duelo com os russos, que continuam indigentes tecnicamente. A Bélgica sobrou mais uma vez.
(Estatísticas:UEFA)
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