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André Rocha

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Apesar do empate em São Januário, Botafogo está mais ajustado que o Vasco

Vasco e Botafogo pelo Campeonato Carioca - Thiago Ribeiro/AGIF
Vasco e Botafogo pelo Campeonato Carioca Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Colunista do UOL Esporte

21/03/2021 20h29

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Vasco e Botafogo disputaram em São Januário o primeiro duelo da temporada 2021. Independentemente do que acontecer no Carioca, haverá mais dois clássicos cariocas na Série B nacional. Consequência de gestões irresponsáveis nos últimos anos.

O empate por 1 a 1 em partida de fraco nível técnico foi melhor para o Botafogo, considerando a tabela da Taça Guanabara. O time chegou aos mesmos seis pontos que Portuguesa e Fluminense, só ficando na quinta colocação pela vitória a menos. Mas foi competitivo nas quatro partidas, invicto até aqui.

Fruto do trabalho correto de Marcelo Chamusca neste início de processo. Armando um 4-4-2/4-2-3-1 organizado na fase defensiva, com a última linha quase sempre bem posicionada, mesmo com o jovem Paulo Victor compensando as ausências de Hugo e Guilherme Santos na lateral-esquerda. No meio-campo, a boa novidade Pedro Castro também ficou fora do clássico, substituído por Rickson.

Mas a grande virtude até aqui é a velocidade pelos flancos. Especialmente com Warley, o principal escape nas transições ofensivas para fazer a bola chegar a Matheus Babi e Matheus Frizzo, que ora é meia, ora um segundo atacante. Foi às redes com passe de Warley, cruzamento de Frizzo e gol contra de Zeca. O problema foi desperdiçar tantas chances quando teve o controle do jogo na segunda etapa. Com Babi, Warley e Marcelo Benevenuto.

Deu chances para o Vasco reagir. Marcelo Cabo quer um time que trabalhe a bola, fazendo saída de três e valorizando a posse com Andrey e Marquinhos Gabriel. Mas a circulação da bola ainda é lenta, pela esquerda MT e Thalles Magno trabalham pouco coletivamente e buscam as jogadas individuais. E Tiago Reis e Laranjeira não preenchem a área adversária como Gérman Cano. Zeca e Ernando precisam de entrosamento com os companheiros na defesa.

O empate saiu na bola parada, escanteio com desvio no defensor adversário na primeira trave e Carlinhos, que substituiu Andrey, aparecendo livre para conferir. Falha de Benevenuto. E ainda houve a chance da virada nos acréscimos, mas Marquinhos Gabriel não ultrapassou a barreira na cobrança de falta. Era a chance de chegar aos quatro pontos e sair da penúltima colocação. Ao menos sobreviveu na Copa do Brasil com o empate por 1 a 1 com a Caldense.

O Botafogo foi mais convincente no mata-mata nacional, enfiando 5 a 0 no Moto Clube. Parece um trabalho mais promissor, dentro da realidade do clube. Há um plano claro e executado com objetividade. Só precisa consolidar com resultados o desempenho mais regular. Foi o que faltou em São Januário e o Vasco puniu com luta e não muito mais que isso.