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André Rocha

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Manchester City e o luxo de treinar em mata-mata de Champions

Bernardo Silva briga pela bola durante Manchester City x Borussia Moenchengladbach na Liga dos Campeões 2020-21 - Peter Zador/DeFodi Images via Getty Images
Bernardo Silva briga pela bola durante Manchester City x Borussia Moenchengladbach na Liga dos Campeões 2020-21 Imagem: Peter Zador/DeFodi Images via Getty Images

Colunista do UOL Esporte

16/03/2021 18h50

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A fase do Borussia Monchengladbach não é das melhores, o vestiário parece ter azedado com o anúncio da saida do treinador Marco Rose para o Borussia Dortmund ao fim da temporada. O time alemão até lutou, finalizou seis vezes (três no alvo) e fez Ederson trabalhar. Mas a baixa intensidade e a nítida rendição na disputa da vaga nas quartas de final da Liga dos Campeões tornaram tudo ainda mais previsível na disputa.

Também facilitou o Manchester City, que desde a escalação deixou claro que controlaria o jogo em Budapeste pela posse de bola. Em um 4-3-3 com duas peças "soltas": João Cancelo, que era lateral esquerdo na fase defensiva e mais um meio-campista na construção, e De Bruyne, executando em tese a função de "falso nove", alternando muitas vezes com Bernardo Silva. Mahrez e Foden abriam o campo pelas pontas.

Na prática, Cancelo e De Bruyne eram os "homens livres" no jogo de posição típico de Pep Guardiola. Circulando e dando opções para os companheiros. O craque belga apareceu com liberdade para receber de Mahrez e colocar no ângulo do goleiro Sommer. Um golaço que começou a encaminhar a vaga, depois dos 2 a 0 na ida.

Gundogan também buscava os espaços às costas do meio-campo adversário e novamente apareceu na área para marcar o segundo gol. E aí começou o "treino de luxo" em pleno mata-mata. Com o City "descansando" com a bola e impedindo qualquer estocada do oponente, para manter a defesa com apenas um gol sofrido nesta edição. Só duas finalização do Monchengladbach na segunda etapa.

Contra seis dos citizens, duas no alvo. Guardiola poupou Rúben Dias, Cancelo, Rodri, Gundogan e Bernardo Silva. Entraram Laporte, Zinchenko, Fernandinho, Sterling e Gabriel Jesus. Para rodar a bola com calma, mantendo a posse - 65% de posse e 91% de acerto nos passes - e administrar o gás na missão de buscar o feito inédito de conquistar Champions, Premier League e as copas nacionais.

Bola não falta, a dúvida fica nas pernas. Ou no cansaço mental. Nas oitavas do torneio continental a missão foi tranquila.

(Estatísticas: UEFA)

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