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André Rocha

Bayern x Barcelona será duelo entre o time e o gênio

Colunista do UOL Esporte

08/08/2020 18h02

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Mesmo com 35 dias de inatividade depois de confirmar o domínio no país com a conquista da Copa da Alemanha se juntando ao octacampeonato da Bundesliga, o Bayern de Munique manteve a intensidade e o altíssimo nível de futebol. Afirmando a condição de melhor time da Europa em termos de desempenho, ao lado do Manchester City.

Fica claro a cada partida que é uma equipe muito bem treinada. Mérito de Hans-Dieter Flick, interino que foi efetivado e ajustou um rolo compressor. Com destaque para Robert Lewandowski, que com dois nos 4 a 1 sobre o Chelsea fechando incríveis 7 a 1 no agregado, chega aos 13 gols em sete partidas no torneio. Impressionante desempenho do centroavante.

Mas o time bávaro ataca por todos os lados. Até com Odriozola, que saiu do banco para colocar na cabeça de Lewa no último gol. Kimmich iniciou na lateral direita, abrindo espaços para Thiago Alcântara no meio-campo com Goretzka. Apoiando o quarteto que contou com Perisic e Gnabry nas pontas e Thomas Muller circulando às costas dos volantes adversários para se aproximar do camisa nove.

Ainda Davies voando pela esquerda, sendo acionando muitas vezes pelos zagueiros Boateng e Alaba, que também geram jogo. Sem contar Neuer, goleiro histórico pela contribuição com os pés. Volume avassalador. E ainda um elenco homogêneo, simbolizado pelo último gol do massacre: jogada iniciada por Philippe Coutinho pela esquerda e finalizada por Tolisso, ambos saindo do banco.

Isso tudo contra o Barcelona. Ou contra Messi, que desequilibrou no primeiro tempo com golaço no Camp Nou. O segundo do triunfo por 3 a 1, depois de Lenglet abrir o placar no jogo aéreo, um gol no início para dar tranquilidade a um time tão desestruturado quanto a gestão do clube. Com um Quique Setién desgastado e que viu o Napoli controlar a posse de bola (52%), mesmo como visitante.

Messi novamente foi a diferença. Atento e intenso até para roubar de Koulibaly e sofrer o pênalti que Suárez converteu - o gênio argentino não cobrou porque sentiu a pancada do zagueiro. 3 a 0 que durou minutos até o gol de Insigne, também em penalidade máxima. A senha para um segundo tempo duro, mas o Barça teve méritos no trabalho defensivo. Com Rakitic à frente da retaguarda, Sergi Roberto e De Jong fechando espaços, inclusive pelos flancos. Liberando o tridente ofensivo que teve novamente Griezmann destoando, apesar do esforço..

Tudo compensado pelo camisa dez. A dúvida é se tamanho talento será suficiente em Lisboa diante de um time tão poderoso. Em jogo único tudo parece menos impossível.